Saúde /
29 de Dezembro de 2010 15h45
UTI neonatal do Pronto Socorro de Cuiabá passa por um processo de desinfecção
A Diretoria do Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá (HPSMC) informa que já tomou as providências necessárias para a desinfecção da UTI neonatal na unidade. No momento o local passa por um processo de desinfecção terminal e concorrente, que deve ser concluído num prazo de
O secretário de Saúde, Maurélio Ribeiro, afirmou que o fechamento da UTI para desinfecção representa uma medida protetiva aos demais pacientes da UTI Infantil. Ele ressaltou que o procedimento de investigação das mortes vai continuar, caso se comprove que as bactérias não são a causa dos óbitos. Outros quatro óbitos de crianças foram registrados nos últimos quinze dias. O secretario informou que a bactéria é externa ao hospital e que as causas dessas mortes estão sendo investigadas.
Para o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, esta situação é uma fatalidade que pode ocorrer em qualquer lugar do País. O mais importante para ele, no momento, são as providências da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para manter a situação controlada. "A Secretaria realizou as ações necessárias e imediatas para controlar essa situação. Fazer a desinfecção do local é o essencial neste momento para prevenirmos que o problema ocorra com outros como pacientes," pontuou Galindo.
O prefeito parabenizou a “reação imediata da secretaria que decidiu interditar a unidade por um período de até 72 horas para concretizar a limpeza e verificar se há necessidade de tomar outras providencias," concluiu.
Segundo o Infectologista e Coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar de Cuiabá, Luciano Correa Ribeiro, ainda não ficou comprovado qual a causa da morte dessas crianças. “Em três casos ficou comprovada a presença da bactéria, mas sem quadro clínico de infecção", frisou o infectologista.Ele ressalta que a bactéria não é uma super bactéria e sim de uma bactéria oportunista.
“A bactéria Staphylococcus é encontrada comumente no meio ambiente e, quando ocorre nos hospitais, causa infecções oportunistas em pacientes já debilitados por outras doenças. Das cinco crianças, uma era de Cuiabá, as demais vieram encaminhadas de Rondonópolis, Colíder e Barra do Garças, que encaminhou uma criança de Aragarças (Goiás)”, explicou o coordenador.