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Educação / FORMAÇÃO CONTINUADA

08 de Agosto de 2018 16h15

Técnicos de Desenvolvimento Infantil participam de ciclo de formação na UFMT

MARIA BARBANT

Jorge Pinho

Arquivo

Cerca de mil Técnicos em Desenvolvimento Infantil (TDI) estão participando, nesta terça e quarta-feira (08 e 09), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da primeira etapa do projeto de extensão ‘Ikuia – Pá’: História e Cultura do Povo Bororo – Rumo aos 300 anos. O projeto, de formação continuada com ênfase na cultura e história da etnia Bororo foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Corpo, Educação e Cultura” (Coeduc), da UFMT.  Voltado para a Educação Infantil, tem como objetivo ampliar o conhecimento dos profissionais da educação para que possam implantar a Lei 11.645/08, que determina a inclusão de conteúdos sobre a História e a Cultura dos povos indígenas, no currículo escolar.

Durante o lançamento, na manhã desta terça-feira (8), no Teatro da UFMT, o diretor geral de Gestão Educacional, Luiz Batista Jorge, representando o secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira e a diretora de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Zileide Lucinda dos Santos, destacaram a importância do projeto e da parceria entre a secretaria e a universidade, na formação dos profissionais.

“Estamos dentro da universidade, no seu teatro, um espaço de grande representatividade também para os objetivos do projeto, focado no conhecimento da história e da cultura bororo e também na reflexão sobre a nossa prática nas salas de aula”, destacou a diretora.

“Acreditamos na Educação como um processo de transformação e desenvolvimento. A formação dos profissionais é fundamental para que possamos vencer os desafios e atender a população que necessita dos nossos serviços”, salientou o professor Luiz Jorge Batista.

O vice-reitor da UFMT no exercício da Reitoria, professor Evandro Soares, enfatizou o compromisso da universidade em articular e compartilhar saberes com a sociedade. “A Universidade está alicerçada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Portanto, uma de nossas premissas é promover e oportunizar para a sociedade conhecimentos e ferramentas que solucionam questões contemporâneas, como diversidade e inclusão”, pontuou.

A pró-reitora de Pesquisa, professora Patrícia Osório, enfatizou a importância dos grupos e núcleos desenvolverem trabalhos com abrangência social. “Ações como estas, resultantes de projetos de pesquisa, evidenciam a função social da Universidade, por meio da articulação e fortalecimento dos vínculos com a sociedade e em sintonia com questões contemporâneas”, frisou.

 

IKUIA-PÁ

Desde 2016 a SME vem desenvolvendo projetos em parceria com o Grupo de Pesquisa Corpo, Educação e Cultura (COEDUC), da UFMT voltados para a formação continuada de professores da rede municipal de Educação.

Em 2016 a formação envolveu 418 professores de Arte e Educação Física de 96 unidades da rede com a implementação de 25 projetos.

No ano seguinte foram realizadas duas ações a fim de potencializar as formações anteriores com a participação das unidades educacionais na Semana de Povos Indígenas, coordenada pelo COEDUC. Dez unidades expuseram os resultados obtidos em seus projetos. Alunos do primeiro e do segundo ciclos do Ensino Fundamental participaram de uma mesa redonda com o tema ‘Vozes da infância sobre povos indígenas’ relatando suas experiências.

A segunda ação foi sobre a ‘Presença Indígena e Negra no Contexto Histórico de Cuiabá: oficinas de danças da cultura local nos 300 anos da cidade’. Além da formação sobre danças locais e suas raízes indígena e negra, as unidades escolares participaram do XVI Encontro Interescolar de Dança e Cultura da Cidade Educadora – EIDANCE. O evento envolveu professores de Educação Física, de Arte e articuladores do Programa Novo Mais Educação de 19 unidades totalizando 434 profissionais e 27 projetos desenvolvidos como ação efetiva na educação, sobre as diversidades etnicorraciais.

Para a coordenadora do projeto e do Coeduc, professora Beleni Grando, o ‘Ikuia-Pá’ possibilita a conexão dos educadores com a origem da população cuiabana. “A etnia Bororo foi um dos primeiros grupos a ter contato com os bandeirantes. Nas proximidades de Cuiabá completar 300 anos, a iniciativa viabiliza a reflexão sobre a nossa história, e contempla a interculturalidade na rede municipal de ensino”, prosseguiu.

A palestra de abertura foi ministrada pelo professor  Félix  Rondon Adugoenau, que falou sobre o povo bororo e a educação da criança.

 

Serviço

O que: Projeto IKUIA-PÁ: História e Cultura do Povo Bororo – Rumo aos 300 anos

Quando: 08 (Teatro da UFMT) e 09 de agosto, (Salas da Faculdade de Educação Fisica da UFMT), das 13h30 às 17h

Onde: Universidade Federal de Mato Grosso