Notícias

Promover a racionalização de recursos humanos, econômicos e, principalmente, naturals, para se chegar à sustentabilidade ambiental. Foi com esse foco que a professora do departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Doriane Azevedo, proferiu a palestra “Habitação e a Construção da Cidade” nesta quarta-feira (11-05) na Lagoa Encantada (Estação de Tratamento de Esgoto – ETE do CPA III). A palestra faz parte das atividades da agenda continuada do Centro de Referência de Reuso de Água (CRRA).

Segundo a professora, a sustentabilidade ambiental da habitação é fundamental para evitar alguns problemas, como alterações climáticas globais, esgotamento de recursos, poluição, destruição de ecossistemas, extinção de espécies, e, principalmente a deterioração da qualidade de vida. “Bons projetos já nascem sustentáveis quando se tem uma consciência de preservação”, observou Doriane Azevedo.

A ocupação racional do solo, segundo a professora, deve ser levada em consideração na construção da cidad. Ou seja, ocupar de forma sustentável e respeitar as vulnerabilidades, evitando implantação de novas áreas residenciais em zonas de risco.

“Reutilizar áreas urbanas e industriais, como restaurar, renovar, ampliar ou até substituir edifícios, com a atualização de cidades existentes, é uma alternativa de habitação que deve ser levada em consideração”.

Outra opção que pode ser levada em consideração na hora de planejar a construção da cidade, segundo a palestrante, é a adequação aos modos de habitar. “Deve-se pensar em privilegiar vias para deslocamento a pé, bicicleta ou transporte públicos, e ainda prever espaço para a agricultura urbana, além de implementar sistemas de passivos comunitários centralizados para cooperação ou geração de energia renovável”.

Doriane Azevedo citou o projeto CRRA como um projeto importantíssimo, que conseguiu envolver a comunidade em prol da sustentabilidade, uma vez que trabalha com a sensibilização para as questões ambientais que envolvem a região da Lagoa Encantada. “Um dos pontapés do projeto é a aproximação da comunidade”.

A gestão de ciclo hidrológico também foi citada pela professora como forma de sustentabilidade. Recolher e aproveitar águas pluviais, separar e tratar resíduos, e reduzir o consumo e o desperdício de água potável são fundamentais para o princípio da sustentabilidade.