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Com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino nas escolas da rede municipal de Cuiabá, bem como elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o secretário municipal de educação, Gilberto Figueiredo, visitou o município de Foz do Iguaçu (PR) para conhecer a política educacional daquele município, cujas escolas tiveram as melhores notas no Ideb em 2011.

Acompanhado da secretária-adjunta de educação, Marioneide Angélica Kliemaschewsk, da diretora de ensino, Vanilda Mendes, assessores pedagógicos da Secretaria Municipal de Educação (SME) e de diretores e coordenadores de escolas municipais, o secretário se reuniu com a secretária Municipal de Educação de Foz do Iguaçu, Lisiane Veeck, e sua equipe. Os profissionais da educação de Cuiabá ouviram os relatos das práticas pedagógicas e financeiras aplicadas naquele município, fatores que contribuíram para elevar a qualidade do ensino.

“Foz do Iguaçu teve as suas escolas como destaque nacionalmente, ficando entre as melhores do país. Nosso objetivo foi conhecer a realidade deles e buscar algo que fosse relevante e servisse de exemplo para as escolas de Cuiabá”, disse o secretário.

A rede municipal de educação de Foz do Iguaçu é composta por 51 escolas e 32 Centros Municipais de Educação Infantil, atendendo cerca de 30 mil alunos. Em 2011, pelo menos 37 das escolas municipais obtiveram nota maior que 7,0 no Ideb, nos anos iniciais (do 1º ao 5º ano). A maior nota foi 8,6, conquistada pela escola Rita de Cássia, que ficou em primeiro lugar no país na classificação geral.

Segundo a secretária de educação de Foz do Iguaçu, Lisiane Veeck, não existe uma fórmula usada pelo município para colocar as escolas entre as melhores do país. “O que existe é um compromisso que foi assumido por todos os profissionais da rede, e que envolveu também a comunidade escolar. Todos acreditaram que poderiam avançar, e avançaram”.

Conforme explicou a assessora Luciane de Carvalho, a Prefeitura de Foz do Iguaçu estabeleceu algumas metas para elevar a qualidade do ensino no município e como incentivo ao cumprimento dessas metas implantou a meritocracia.

Entre as metas estipuladas estava elevar em 2,5 pontos o índice do Ideb, alcançando média de 7,0. Para as escolas que atingissem nota 7,0 seria pago o 14º salário e para aquelas que superassem essa meta o município premiaria ainda mais, pagando o 15º salário.

Para a secretária-adjunta de educação de Cuiabá, Marioneide Angélica Kliemaschewsk, um dos pontos positivos da visita a Foz do Iguaçu foi a troca de experiência entre as duas redes municipais de educação. Segundo ela, os avanços, com relação ao Ideb, foi fator imprescindível para a melhoria da qualidade do ensino público em Foz do Iguaçu.

“O resultado do Ideb é consequência da mudança de percepção profissional e cultural, na qual a escola passa a ser um ambiente, de fato, pedagógico, com foco no social, possibilitando ao aluno o acesso ao conhecimento”, avaliou a secretária.

A diretora de ensino da SME, Vanilda Mendes, acredita que a responsabilidade e o comprometimento dos professores com os alunos fizeram toda a diferença para a obtenção da melhor nota do Ideb. “Outro ponto positivo é a parceria com a Universidade Estadual do Paraná e com os próprios pais, ou seja, a responsabilidade que cada um assumiu foi muito importante”, enfatizou Vanilda Mendes.

Segundo o coordenador de ensino de Foz do Iguaçu, Theodorico Melo, desde 2007 várias ações vem sendo promovidas nas escolas para que as metas do Ideb sejam atingidas.

As escolas recebem material de apoio pedagógico produzido pela Secretaria de Educação de Foz do Iguaçu e os alunos do 5º ano recebem reforço nas disciplinas de português e matemática. Outra ação importante, segundo o coordenador de ensino, são as avaliações realizadas pela própria escola com os alunos do 5º ano, nos moldes da Prova Brasil, que serve para calcular a nota do Ideb. “Isso ajuda a preparar esses alunos para a Prova Brasil”.