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Saúde / Reforço

10 de Novembro de 2015 09h10

Secretaria de Saúde intensifica ações visando o combate à tuberculose

MARIA BARBANT

Michel Alvim

Arquivo

Nos dias 12 e 16 de novembro, na Unidade de Saúde Tijucal, serão realizadas uma série de atividade voltadas aos profissionais da saúde e à comunidade, objetivando reforçar o  combate à tuberculose em Cuiabá. As ações envolvem  capacitação dos profissionais , orientação à população e  a busca ativa de novos casos da doença. As atividades estão sendo organizadas pela Secretaria de Saúde de Cuiabá em referência ao dia  17 de novembro, o Dia Nacional de Combate a Tuberculose.

Segundo dados da secretaria, em 2014 foram notificados em Cuiabá 837 casos da doença. Este ano, de janeiro até agora, foram notificados 350, o que demonstra uma queda na incidência da doença, mas os  responsáveis técnicos do Programa de Controle da Tuberculose, da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Aline Leal Soares e Marcelo Coelho, afirmam que isso não significa que a população deva deixar de se preocupar com a doença.

“Cuiabá figura como a primeira capital brasileira em incidência de casos. O importante é intensificar as ações de identificação da doença”, alertou Marcelo Coelho.

Quanto mais precocemente a doença for detectada e o tratamento iniciado mais chances se tem de quebrar a cadeia de transmissão da tuberculose. “Um indivíduo portador do bacilo de Kock que esteja tossindo, pode contaminar de 10 a 15 pessoas por ano. E, todos os contatos, ou seja, aquelas pessoas que convivem com o paciente em ambiente propicio para contaminação, devem ser avaliadas também”, explicou Aline Leal.

Segundo os responsáveis técnicos, um ambiente propicio para a contaminação é aquele com grande aglomeração de pessoas, ou aqueles com pouca luminosidade e baixa circulação de ar, onde o bacilo pode ficar suspenso no no ar por 8 horas. Nesse ambiente, o indivíduo sadio que ficar exposto por 8 horas junto com a pessoa doente pode se contaminar.

“Isso porque a tuberculose é transmitida pelo ar, através da tosse e ou espirro do paciente doente sem tratamento. É importante lembrar que a tuberculose não se pega ao usar o mesmo copo, prato, talher, toalha ou vaso sanitário que a pessoa doente e não se pega também pelo abraço, beijo ou relação sexual”, alertou Aline Soares.

Os técnicos lembram que o tratamento dura seis meses ininterruptos e o paciente só recebe alta após a confirmação da cura feita por meio de exames específicos.

“É importante ressaltar que o doente para de transmitir a doença após 15 a 30 dias do tratamento. E mesmo após a diminuição dos sintomas e melhora considerável do bem estar do paciente, é imprescindível a continuidade do tratamento até o fim, pois a cura apenas é garantida quando os medicamentos são tomados assiduamente”, ressaltou Marcelo Coelho.

Tanto os exames quanto o tratamento da tuberculose são gratuitos e podem ser feitos nas unidades da rede básica de saúde como PSF’s (Programa de Saúde da Família) e Centros de Saúde.  

Programação

No dia 12 de novembro uma equipe multidisciplinar realizará a   capacitação para os profissionais da saúde. Também nesse dia será realizada uma  busca ativa para casos novos da doença.

No dia 16 será realizada atividade de educação em saúde para a população do bairro.

As palestra serão ministradas pelo Dr  Roberto Kazam  que atua no Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso  (Cermac),  e Dr Arlan  Azevedo que atua no Hospital Universitário Júlio Muller, ambos especialistas no assunto.

Nas  92 Unidades Básicas de saúde também ocorreram atividades no dia D de combate a tuberculose, na semana do dia 17, dia nacional de combate à doença.  Entre as ações prevista estão a busca ativa de casos novos, palestras e blitz educativa.