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05 de Maio de 2011 15h58
Saúde preventiva é foco de visita a Estação de Tratamento de Água
Estudantes do terceiro semestre do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) conheceram nesta quinta-feira (05.05) como funcionam os processos de tratamento dentro da indústria da água, mais precisamente nas Estações de Tratamento, ETA I e ETA II, que são gerenciadas pela Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).
O coordenador do Memorial da Água , Daniel Gouvêa apresentou de forma didática como é o trabalho de distribuição, captação e tratamento de água que ocorrem diariamente nas 13 ETAS controladas pela companhia.
A visita técnica prosseguiu in loco no complexo das ETAs I e II, onde os alunos visualizaram o tratamento de água em pleno funcionamento. As duas estações juntas, são responsáveis por 60% do abastecimento da cidade. A água é captada do Ribeirão do Lipa, situada no Parque Municipal Dante de Oliveira.
O professor Waldir Ribeiro Bastos, que leciona nos cursos de Enfermagem, Nutrição e Medicina, explica que a visita em campo encerra as atividades da disciplina de Parasitologia Humana com ênfase na saúde preventiva. “Se a água não é tratada, aumenta muito o fator de contaminação por bactérias, fungos e verminoses transmitidos por via hídrica. Assim, os alunos têm a oportunidade de ver o quanto é cuidadoso e rigoroso o controle e a qualidade da água tratada nas ETAS em Cuiabá”.
Ele acrescenta que a aula em campo tem contribuição estratégica para a formação humana e acadêmica. “Temos ainda este Memorial da Água super organizado. Os acadêmicos têm a chance de conhecer o sistema de tratamento e distribuição da água e também adquirir noção histórica e contemporânea do sistema de abastecimento da água potável na capital”, conclui.
Para o universitário, Denner Urel a prevenção é a melhor forma de evitar que doenças comuns no passado ainda façam parte dos índices de mortes. “A população também deve estar ciente que a água que sai aqui das ETAS são boas para o consumo. Ligações clandestinas, as conhecidas gambiarras, o que aumenta o risco de contaminação justamente no momento da distribuição da água”, analisa.
A aluna, Tuany Peturia destaca outro ponto, a necessidade de ampliar o estreitamento das relações entre o universo da academia e o cotidiano das empresas. “É com este tipo de aproximação que poderemos aumentar o número de pesquisas na área e trazer contribuições para toda a sociedade”.
A partir da experiência em campo, os alunos do curso de Enfermagem irão produzir atividades extras para inserir as informações na produção de artigos científicos e organização de seminários relacionados ao tema.
A visita realizada hoje faz parte de uma série de encontros que ocorrem durante todo o ano no local, que se transformou num importante instrumento para o desenvolvimento de ações de educação científica e ambiental. As instituições de ensino interessadas em participar de visitas técnicas podem fazer o agendamento pelo telefone (65) 3313-3335.