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A Rede de Proteção a Pessoas em Situação de Violência de Cuiabá (RPPSV) apresentou o calendário das próximas oficinas de capacitação, que terão início na segunda-feira, dia 11. As oficinas têm carga horária de 8 horas e o objetivo é preparar os profissionais que tem contato direto com as vitimas, na coleta dos dados em relação à Violência Interpessoal e Autoprovocada. Essas informações  vão fomentar ações de intervenção nos pontos da cidade que houver necessidade.

Os servidores dos Centros de Referencia de Assistência Social (CRAS) e dos Centros de Referencia Especializado de Assistência Social (CREAS) serão os próximos a participar da capacitação, que acontecerá na Casa dos Conselhos entre os dias 11 e 12 de julho.

No dia (19) participarão da oficina os Conselheiros Tutelares e Conselheiros de Direito.

Dando seqüência ao cronograma de capacitações nos dias 25 a 29 no auditório da FEICS, no Grande Templo, será a vez dos profissionais da rede municipal de saúde participar. Isso incluirá os responsáveis técnicos, coordenadores de área, pronto socorro e agentes comunitários de saúde.

No total, passarão pela capacitação mais de 1.300 profissionais de assistência social, educação e saúde. Só da Secretaria de Saúde de Cuiabá, serão 773 profissionais. Já passaram pelo curso profissionais da Educação.

“É muito importante que os agentes comunitários participem dessa capacitação, porque muitas das vezes são eles que fazem o primeiro contato com a vítima, então eles têm que estar preparados e saber como proceder diante dessa situação”, destacou Márcia Maria Teixeira da Rocha, técnica da Diretoria de Atenção Básica da SMS de Cuiabá e membro da Comissão Colegiada da Rede de Proteção a Violência.

No dia (29), no encerramento das oficinas de capacitação, será assinado  um termo de cooperação entres as Secretarias de Saúde,  Educação, Assistência Social, Ministério Público e Juizado, para a continuidade das ações e fortalecimento do processo de notificação e do fluxo de atendimento às vítimas.

A Rede de Proteção a Pessoas em Situação de Violência de Cuiabá é composta por uma equipe multidisciplinar no qual participam um defensor público, assistente social, psicólogo, pedagogos e enfermeiro, profissionais que atuam de forma transversal, multissetorial, buscando implementar ações de vigilância as violências no município de Cuiabá.

“É primordial que todos os profissionais que estejam na ponta, nos bairros, CRAS, CREAS, Conselhos Tutelares e de Direito, nas escolas, creches e unidades de saúde estejam aptos para preencher e dar encaminhamento ao fluxo da notificação de violência interpessoal e autoprovocada”, destacou Márcia Maria Rocha.

 Capacitação

 A capacitação será ministrada em dois períodos, por meio de metodologia teórico-vivencial. Serão utilizados recursos como exposição dialogada, com fundamentação teórica da temática da violência interpessoal e autoprovocada e instruções a cerca da ficha de notificação individual, legislação, fluxo, implicações , estudos de caso e roda de conversa sobre temas correlatos e de relevância.

A avaliação será realizada durante o processo de capacitação por meio da participação nas discussões, com presença exigida de 100%, e preenchimento da ficha de avaliação pelos participantes ao final da capacitação.

A técnica da Vigilância em Saúde, Josiane Rodrigues, que também integra a  Rede de Proteção a Pessoas em Situação de Violência de Cuiabá, explicou que entre os objetivos específicos da capacitação estão a implantação da nova ficha de notificação individual de violência interpessoal/autoprovocada do SINAN-NET versão 5.1.

“Esse trabalho também nos auxilia na sensibilização dos profissionais da Assistência Social, Educação e Saúde, que atuam nas suas respectivas unidades, para identificação, acolhimento, atendimento e encaminhamento das pessoas em situação de violência”.

Com a capacitação os participantes da Rede acreditam que irá melhorar o preenchimento da ficha de notificação individual de violência interpessoal e autoprovocada, possibilitando melhorias na qualidade da informação,  que  subsidia a análise da situação das violências locais, possibilitando aos gestores a adoção de medidas de assistência dos casos, bem como de prevenção das violências.

“Como resultado prático esperamos que seja implantada nas unidades da Assistencia Social, Educação e Saúde, a  ficha de notificação individual de violência interpessoal e autoprovocada. Além disso, teremos profissionais das três pastas aptos a realizar a notificação compulsória e estaremos reduzindo o número de subnotificação”, destacou Josiane Rodrigues.

Para os membros da Rede, todas essas questões irão melhorar a qualidade do acolhimento, atendimento, notificação e encaminhamento dos casos de violência, fortalecendo as ações intersetoriais e contribuindo para a resolutividade dos casos, além de  subsidiar a priorização de políticas públicas para enfrentamento das violências.