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07 de Abril de 2011 16h47

Quando cheguei em Cuiabá...

*João Carlos Queiroz é jornalista profissional em

João Carlos Queiroz*

Durante os 20 anos em que resido em Cuiabá, posso dizer, seguramente, que aprendi muita coisa. Em primeiro lugar, a respeitar e amar essa cidade centenária, repleta de belezas naturais e tradições igualmente lindas. Cuiabá é terra de povo hospitaleiro, amigo, que abre os braços anfitriões aos paus rodados que aportam na sua casa, como aconteceu comigo. Cheguei e gostei, envolvendo-me logo no jeito cuiabano de degustar a vida. Minhas origens, Minas Gerais, desde então começaram a se esvaecer lentamente, em termos de apego às raízes. Adotei Cuiabá de corpo e alma, tornando-me um dos seus filhos mais aguerridos para defendê-la por aí afora. Se alguém abre a boca para destilar veneno sobre Cuiabá e seus filhos, viro fera...

Aquela Cuiabá de 20 anos atrás quase não existe mais. Tornou-se majestosa, impondo perfil progressista e avanços comerciais em poucos anos, a partir do momento em que meus pés mineiros fizeram contato com seu solo. Recordo que desembarquei de ônibus numa tarde chuvosa de domingo, hospedando-me no Residencial Vila Verde, casa de amigos. Dali fui ser assessor na Assembleia Legislativa e chefe de Reportagem na TV Centro América. Ato seguido,assumi editorias no saudoso Jornal do Dia. O ingresso na militância jornalística nunca teve pausa, aliás, passei pelos jornais O Estado de Mato Grosso, Diário de Cuiabá, Folha do Estado, TV(s) Rondon e Bandeirantes. Só nunca atuei em rádio, por falta de vocação com a área. Ser comunicador da voz não consta do meu talento jornalístico. Uniu-se ainda ao pique das redações a jornada em assessorias de imprensa (Febemat, Empaer, Ager, Casa Civil e Prefeitura de Cuiabá).

Cuiabá deve muito do seu progresso aos ex-prefeitos Roberto França e Wilson Santos, gestores cujo trabalho eu tive a oportunidade de acompanhar de perto. Em nível de Governo do Estado, as figuras dos ex-governadores Júlio Campos, Jaime Campos, Dante de Oliveira e Blairo Maggi contribuíram igualmente para potencializar o destaque merecido da Capital no cenário econômico. Cada um defendeu setores cruciais à sua moda, lutando para implementar a marcha desenvolvimentista que o Município exigia.

Atualmente, o prefeito Chico Galindo e o governador Silval Barbosa comandam investimentos graduais em linha parceira, de olho no advento da Copa 2014. Sintonia que tem tudo para levar Cuiabá a um patamar futurista. Ambos também têm dado mostras de paixão declarada pela cidade e seu povo. Não faltam obras nem entusiasmo em cada empreendimento concluído. E os projetos não param, estendendo-se em idêntica parceria ao segmento federal, que também mostra disposição de endossar as decisões que beneficiam Cuiabá e seu povo.

Momentaneamente, por ocasião do seu natalício, Cuiabá é honrada pelo interesse explícito de apoio do cuiabano Chico Daltro (governador em exercício) aos empreendimentos estruturais da cidade. O titular do cargo, Silval Barbosa, em viagem internacional, busca recursos para serem direcionados a outros investimentos de peso na Capital e outros municípios do Estado. Uma missão que faz os cuiabanos sorrirem esperançosos. Não é sempre que governantes gastam botas para cumprir a contento suas tarefas. Silval e seus antecessores merecem parabéns por isso, com certeza.

No geral, é delicioso viver em Cuiabá. Saio de Mato Grosso eventualmente, mas em questão de dias bate uma saudade danada dessa terra. Já volto voando, literalmente, sorrindo aberto quando os comissários anunciam o fim do voo no Aeroporto Marechal Rondon. "Ah, finalmente em casa!", penso feliz. É que o amor por Cuiabá é infinito, forte, autêntico. Muitos choram ao falar do quanto gostam da cidade, e quem vive aqui entende perfeitamente tais emoções. Afinal, a Capital de Mato Grosso vicia pela autenticidade terna com que nos mostra os caminhos da felicidade de forma bem simples.