Mobilidade Urbana /
05 de Agosto de 2010 14h35
Projeto Faixa Verde é opção para discriminados no mercado de trabalho
Juarez de Almeida, 41, entrou para o projeto Faixa Verde depois de várias tentativas em conseguir um emprego no mercado formal
Criado pela Lei Municipal 4.902/06, há quatro anos, o projeto beneficia trabalhadores que têm dificuldade de serem absorvidos pelo mercado de trabalho. Administrado pelo Clube de Diretores Lojistas (CDL), o programa emprega pessoas entre 18 e 21 anos e acima de 40 anos. Segundo a coordenadora Ana Maria Ribeiro Pedroso, são jovens que têm dificuldades em conseguir o primeiro emprego, por falta de experiência, e aquelas pessoas que são discriminadas pela idade, como as que estão nas faixas dos 40, 50 e 60 anos.
Outro beneficiado pelo projeto é Damião da Silva Ferreira, 43, que tem na renda salarial de R$ 570,00 um complemento para sustentar a família. Pai de dois filhos, o morador do bairro Doutor Fábio trabalha como garçom em eventos na capital, função que só é possível desenvolver porque a carga horária da atividade como “Verdinho” não atrapalha. “Durante o dia eu trabalho nas ruas e à noite nos eventos”, conta o trabalhador.
Já para o jovem Paulo Bruno Marques Souza Silva, de 18 anos, além de proporcionar a segurança da carteira assinada, o projeto lhe garante um ponto no currículo. Depois de passar por dois empregos informais em uma lanchonete e um lava-jato, Paulo se sente mais seguro no novo emprego onde atua há quatro meses. “No futuro, para mim será importante constar no meu currículo que trabalhei no projeto”, afirma o garoto.
Rotatividade e organização:
Para a coordenadora, Ana Maria Ribeiro Pedroso, a rotatividade de veículos nas ruas do Centro de Cuiabá proporcionada pelo projeto Faixa Verde, colabora com comerciantes e os clientes do comércio da capital. “Onde não há o estacionamento regulamentado as pessoas chegam de manhã, estacionam seus carros e só voltam para retirá-los no final da tarde. Assim, as pessoas que precisam fazer suas compras ficam impedidas de estacionar na rua onde não tem a faixa verde”, explica a coordenadora.
A organização que o projeto proporciona nas ruas do Centro da cidade é elogiada pelos motoristas que utilizam o cartão vendido pelos “Verdinhos”. É o que confirma o autônomo Francisco Gomes, que sempre estaciona seu carro nas ruas centrais para ir ao banco ou fazer compras. “É melhor ter esse serviço que é revertido para as pessoas que precisam do que deixar por conta daqueles que ficam explorando os motoristas e não sabemos o que fazem com o dinheiro”, disse se referindo aos “pedintes” que cobram irregularmente pelo estacionamento em ruas onde não existe a faixa verde.