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Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência / No local

18 de Setembro de 2015 18h23

Projeto “Cabide Solidário” encerra primeira fase com atendimento na região da rodoviária de Cuiabá

Tchélo Figueiredo

Arquivo

A equipe do Projeto “Cabide Solidário” atendeu na tarde desta sexta-feira (18), os moradores de rua que vivem nas imediações do Terminal Rodoviário de Cuiabá.  O terceiro dia de ação marcou o encerramento da primeira fase do projeto, que alcançou mais de 200 pessoas em situação de rua, levando a eles roupas, calçados, atendimento de saúde e cuidados higiênicos.

O secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, José Rodrigues Rocha Junior, que esteve presente nos três dias de ação, fez um balanço da primeira fase do projeto e da perspectiva de amplia-lo.

“Em uma análise geral, a ação foi extremamente positiva, alcançamos nossa meta; levamos um pouco de cidadania a essa parcela de moradores. Claro que isso é um começo. É nosso primeiro contato com eles, que nos permitiu conhecer mais de perto essa realidade. Dentro de nossas possibilidades e recursos, vamos trabalhar para intensificar essas ações. A perspectiva é que ele se torne fixo no calendário para que alcancemos um número maior de moradores em estado de rua, realizando o que é de nossa competência.”

Ainda segundo o secretário, o quadro de quem está nas ruas envolve muitos fatores, por isso, está sendo feito convite para outros gestores e que juntos buscarem amenizar a situação dos moradores. “O contexto é complexo. Muitos não têm residência, outros não têm emprego, além de a grande maioria, nessas áreas atendidas, têm problemas com drogas. Estamos num momento de  agregar políticas públicas, fazendo uma ação conjunta para prevenção, vigilância e atendimento desses indivíduos”, afirmou.

A ação também teve em vista fazer uma triagem desses moradores, com intuito de facilitar no encaminhamento a outros atendimentos, como saúde, habitação e trabalho. “Esse grupo de habitantes é composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelido a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento por contingência temporária ou de forma permanente, agrupando essa realidade aos vícios. E a partir do levantamento é possível trabalhar cada caso e ter um resultado mais abrangente”, pontuou Suely Mattos, coordenadora do projeto.

O projeto é uma extensão do “Junho Solidário” e, segundo o idealizador, Valdomiro Arruda, a equipe já está trabalhando nas diretrizes para eventual novas ações. “Temos o olhar humano para esses moradores. Conhecemos suas necessidades e vamos trabalhar com muito afinco e levar aos outros gestores toda essa realidade e em conjunto, atendermos suas carências e buscarmos erradicar esse sofrimento. O primeiro passo foi dado”, frisou.

O secretário lembrou que toda população pode continuar doando. “As pessoas que tiverem o interesse de colaborar com a extensão do projeto, podem procuram um CRAS, albergues, ou na própria Secretaria de Assistência Social”, finalizou José Rodrigues.

Nessa primeira fase, além dos donativos, foram apresentadas informações sobre Cadastro Único, bem como na área da saúde, orientação sobre as doenças sexualmente transmissíveis, distribuição de panfletos e os serviços aferição de pressão e teste de glicose. Uma equipe de voluntários da beleza participou da ação, realizando os serviços de cortes de cabelo e limpeza de unhas para os moradores.

Os moradores também receberam informações sobre as unidades de abrigos da capital, onde quando aceitam, são encaminhados. Hoje o município dispõe dos albergues do Porto e Manoel Miraglia para pessoas em situação de rua que não têm problemas com drogas e álcool - e nove unidades terapêuticas no caso de usuário de drogas.

 

Os itens que não encontraram destino nos três dias de ação,  serão encaminhados para Pastoral dos Imigrantes (CPM).