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19 de Novembro de 2013 11h12

Programação cultural marca Dia da Consciência Negra na Secretaria de Cidades

Ana Assumpção - 3645-6054

A Secretaria Municipal de Cidades promoveu na manhã desta terça-feira (19) uma programação cultural entre seus servidores para comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro).

A programação foi elaborada em parceria com o Museu da Imagem e Som de Cuiabá (Misc), com exposição de imagens, vídeos, música e poemas sobre Zumbi dos Palmares e cultura afro.

Para o secretário municipal de Cidades, Suelme Evangelista, o dia 20 de novembro deve ser lembrado não somente pela luta do líder Zumbi dos Palmares, mas também pelas raízes do Brasil que nasceram na África.

“O continente Africano é o berço da civilização humana. Hoje mais de 50% da população brasileira é negra e precisamos entender nossas raízes para que o Brasil se torne um país plenamente igual entre todos os seus cidadãos”, afirmou.

Segundo o ex-vereador e criador da lei que instituiu feriado municipal do Dia da Consciência Negra, Rinivaldo Ribeiro de Almeida, é necessário fazer um resgate da importância que os negros tiveram para a construção do Brasil, além de tornar o Estatuto da Igualdade Racial acessível a toda a população.

“Zumbi dos Palmares, assim como outras personalidades, teve uma sublime importância para o nascimento dos direitos dos afrodescendentes. O feriado serve para coloca-lo no mesmo patamar de outros mártires da história brasileira, como Tiradentes”, disse.

HISTÓRIA – Líder do quilombo dos Palmares, Zumbi nasceu em 1655, no atual estado de Alagoas. Era descendente dos guerreiros imbangalas, de Angola. Foi batizado com o nome de Francisco, aos 10 anos já escrevia português e latim.

Aos 15 anos fugiu em busca de suas origens, voltou para o quilombo dos Palmares, onde adotou o nome de Zumbi. No quilombo, derrotou a expedição de Jacome Bezerra, e ferido em conflitos contra as tropas de Manuel Lopes Galvão e Domingos Jorge Velho.

Zumbi comandava as tropas do quilombo governado por Ganga Zumba. Em 1678, liderou um conflito interno, alcançou a liderança do quilombo e combateu os portugueses durante 14 anos.

Em 1695, reuniu mais de 2000 palmarinos (nativos de palmares), e invadiu povoados de Pernambuco em busca de armas e alimentos. Antônio Soares, um dos líderes das tropas palmarinas, foi capturado e em troca de sua liberdade entregou ao bandeirante André Furtado de Mendonça, o esconderijo de Zumbi.

Zumbi dos Palmares foi capturado e morto em 20 de novembro de 1695.