Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência /
05 de Março de 2012 09h50
Programa Siminina de Cuiabá amplia metas de atendimento a crianças e adolescentes
Ampliar em 25% o número de atendimentos do Programa Simina, alcançando 1,5 mil matrículas, é uma das metas de trabalho estabelecidas para o ano de 2012, pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH) de Cuiabá, quando se comemora 15 anos de ações preventivas do Programa.
O Simina atende garotas de 7 a 14 anos em situação de vulnerabilidade social em 17 regiões da capital, sendo uma na zona rural (no distrito de Nossa Senhora da Guia). Só em 2011, foram atendidas 1,2 mil meninas. O Programa é executado pela Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH).
O Simina possibilita as meninas participarem de aulas de letramento, oficinas de dança, coral, teatro e artesanato, em período de contra-turno. Quem estuda de manhã, por exemplo, pratica as atividades no horário das 13h30 às 17h e vice-versa. As ações são executadas em 15 Centros Comunitários, no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do bairro Tijucal, e na unidade do antigo Sopão, no bairro Doutor Fábio.
Atuar na formação de cidadãos cada vez mais conscientes de seus direitos e deveres é uma das premissas do Programa e, diante dessa proposta, todo mês as unidades atuam em consonância a um tema gerador, que serve para o embasamento de discussões e pesquisa de cada um dos grupos atendidos pelo Programa. “Nosso atual tema é integração e socialização. Nosso valor do mês é o respeito”, explica a coordenadora pedagógica Maria Alcina.
Ela ainda pontua que, mensalmente, são realizadas reuniões para acompanhamento dos trabalhos com os 50 colabores do Simina. Ações de prevenção à saúde fazem parte, também do cotidiano de atividades das meninas e não há registro de nenhuma gravidez nas estudantes matriculadas. “Podemos afirmar, com toda segurança, que as medidas preventivas, as orientações repassadas surtem efeitos. O acompanhamento pedagógico é realizado com afinco. Um total de 99% das meninas apresentaram um bom rendimento escolar no ano passado”, explica a coordenadora do Programa Simina, Dorislene Aparecida da Cruz.
A assiduidade nas aulas, o rendimento escolar apresentados, fazem parte do fluxo de acompanhamento de trabalho dos monitores. Dorislene explica que, o Simina não busca medidas punitivas e, sim, fortalecer o processo educacional. “Quando se constata que uma criança necessita de apoio, ele é fortalecido”.
Há sete anos, M., 14 anos, é assídua aluna do Programa. Ela participa das atividades promovidas no Centro Comunitário do 1º de Março. Sol forte ou tempestade, não servem como desculpa para que ele falte às aulas. “Adoro as atividades. Há sete anos estou aqui. São minha família. Já estou com saudades pelo ano que vem”. O carinho pelo Programa fez que com a garota despertasse à atenção de sua vizinha, E., 11 anos. Matriculada desde 2010, a menina relata que já aprendeu a como combater a dengue na comunidade em que reside, e que o reforço escolar é um atrativo. “Eu adoro dançar, gosto de tudo”, relata. “Passo meu dia aqui. O envolvimento é total. Observar cada sorriso, o desempenho na escola, o sucesso pessoal de cada um é muito bom. Receber um abraço diário dessas meninas é indescritível’, finaliza a monitora do Programa no 1º de Março, Marli Abadia