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18 de Fevereiro de 2011 12h30

Programa Nacional de Controle do Tabagismo será implantado em Cuiabá

Uiara Ribeiro-Assessoria SMS

Nos próximos dias 16, 17 e 18 de março, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, os profissionais de cinco unidades de saúde serão capacitados para implantar o projeto piloto que atenderá a população fumante de Cuiabá.

O objetivo é reduzir o número de fumantes em todo o país e a consequente morbimortalidade por doenças relacionadas ao tabaco. Segundo o Ministério da Saúde, o total estimado de mortes no Brasil decorrentes do tabagismo é de cerca de 200 mil mortes/ano, enquanto que no mundo alcança a cifra de 5 bilhões ao ano.

A realidade não é diferente
em Cuiabá. Conforme dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito telefônico (Vigtel), Cuiabá ocupa a 14º posição no ranking entre as capitais que possuem o maior número de fumantes do Brasil. A capital mato-grossense apresentou o índice de 12,7% da população fumante, sendo desses, 14% homens e 11,6% mulheres, com idade maior de 18 anos.

Outras capitais brasileiras apresentaram índice altíssimo de população fumante, como em Rio Branco, com 25,3%; Maceió, com 24,5%; Curitiba, 19,7%; e outras com menores índices, como Aracaju, com 5,3%; Salvador, com 7,0%; e João Pessoa, com 7,0%.

Segundo a responsável pelo Programa da SMS, enfermeira Ana Cristina Verhalen, cinco unidades serão cadastradas em Cuiabá junto ao Ministério da Saúde, para prestarem o serviço. Porém, ela acrescenta que o objetivo é que até o final do ano todas as demais unidades estejam credenciadas ao programa. As unidades pilotos são: PSF Novo Paraiso I e II, PSF Sta Izabel I, II e III, PSF Residencial Coxipó I, II e III, PSF Dr Fábio I e II e Centro de Saúde Campo Velho.

Tratamento

A responsável pelo PNCT, Ana Cristina Verhalen, explicou que dois tipos de tratamento são desenvolvidos de forma paralela com o paciente, um que possui a abordagem cognitiva que é a terapia
em grupo. A quantidade de pessoas pode variar de 10 a 15 pessoas por grupo.

A segunda fase do tratamento é o medicamentoso, ou seja, quando o paciente passa por uma consulta e avaliação clínica do médico e, se necessário, recebe indicação de  remédios como cloridrato de bupropirona e o adesivo de nicotina fornecido pelo SUS. O tratamento dura no máximo três meses, e existem critérios para participar o programa.

Segundo Ana Cristina, o pré-requisito básico para o paciente participar do programa é que exista o interesse próprio de parar de fumar e, em casos de pacientes que tenham complicações de saúde em decorrência do tabaco, entre outras doenças como pressão alta e diabetes.

 

Mais informações:
3617-7379.