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26 de Abril de 2011 11h00

Presidente garante que Sanecap não será privatizada

Rosane Brandão/Sanecap

“Privatização nunca. Isso é o que determinou o prefeito Francisco Galindo. O que estamos estudando é a possibilidade de uma parceria com os governos estadual e federal e até mesmo com a iniciativa privada para então conseguirmos recursos para fazer investimentos, pois a Sanecap sozinha não vai conseguir resolver o problema da água e do esgoto na capital”. A observação é do presidente da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Aray Fonseca, feita na tarde desta segunda-feira (25-04) durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Cuiabá. 

A audiência, que contou com a presença da sociedade cuiabana, teve como objetivo debater sobre a situação do saneamento em Cuiabá, buscando alternativas para melhorias e investimentos para o setor. 

O presidente da Sanecap apresentou os números que revelam a verdadeira situação da Sanecap, como faturamento, arrecadação e despesas. “A companhia possui atualmente um faturamento de R$ 9 milhões, no entanto a arrecadação é de 6,7 milhões. Destes, R$ 2,4 milhões são gastos com a folha de pagamento; R$ 1,7 milhão com a conta de energia elétrica; e mais R$ 1 milhão com a terceirização de carros e maquinários; e outros R$ 1 milhão para a compra de produtos de tratamento da água, como sulfato de alumínio e cloro, além de ter 30% de inadimplência. Com todas essas despesas e pouca arrecadação a Sanecap acaba ficando no vermelho”, ressaltou o gestor.  

Conforme Aray Fonseca, a Sanecap tem que sair do “vermelho” para, pelo menos, ficar no “azul”, ou seja, deixar de ser deficitária. Para tanto será necessário reduzir custos, cortar gastos e, então, ampliar a arrecadação.  

“Sabemos que mesmo melhorando a arrecadação não teremos capacidade de investimentos, pois Cuiabá precisa atualmente de R$ 577 milhões para resolver o problema de esgoto e cerca de R$ 400 milhões para a água, ou seja, são quase R$ 1 bilhão para resolver essas questões em definitivo. É muito investimento para pouca capacidade de arrecadação”, disse Fonseca, acrescentando que a intenção é diminuir cerca de R$ 1 milhão em despesas por mês para sair do vermelho.