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Saúde / Paralisação

15 de Junho de 2015 20h35

Prefeitura vai agir para evitar prejuízos à população com nova ameaça de greve dos médicos

MARIA BARBANT

Tchélo Figueiredo

Arquivo

Os secretários municipais de Saúde, Ary Soares Júnior e de Governo e Comunicação, Kleber Lima, reafirmaram a posição do governo em relação a paralisação dos médicos, anunciada pelo sindicato da categoria, para esta terça-feira (16). 

“A Prefeitura de Cuiabá não ficará impassível mesmo porque, quem será prejudicada com isso é a população”, disse Kleber Lima.

Segundo os secretários, a administração municipal irá tomar todas as medidas legais e necessárias em relação à greve, inclusive a manutenção do caráter de ilegalidade do movimento,  em cumprimento a liminar concedida  anteriormente pela desembargadora Maria Helena Póvoas.

Acompanhados do procurador geral em exercício Rodrigo Verão e o vereador Maurélio Ribeiro, os secretários atenderam a imprensa durante entrevista coletiva.

Os secretários abordaram ponto por ponto, os itens acordados na última reunião de conciliação com o sindicato da categoria, ocorrida no dia 22 de abril, sob a mediação do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, em especial as questões relacionadas  as reivindicações salariais e Concurso Público.

Kleber Lima disse que durante a última rodada de negociações, a administração municipal foi bastante clara em relação à impossibilidade de atender a reivindicação  da categoria,  de promover um reajuste do piso para o valor defendido pela Federação Nacional do Médicos (Fenam),  de R$ 12 mil .

“Não é possível em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal e  da insuficiência financeira da administração municipal. Ao invés disso fizemos duas propostas, ambas rejeitadas pelo sindicato, visando a incorporação do valor do premio-saúde”.

Nessa proposta, o prêmio-saúde deixaria de ter um caráter de gratificação, sendo incorporado aos salários de médicos efetivos  e contratados.

Além disso, a Prefeitura de Cuiabá já pagou nos salários de maio, a todo o funcionalismo público municipal, a reposição das perdas inflacionárias, em 7,86% (IGPN), do período.

Levando-se em conta a reposição e mais o percentual de insalubridade 40% e o prêmio-saúde, hoje em Cuiabá, nenhum médico está recebendo, no patamar inicial da carreira, menos de R$ 5 mil enquanto que os salários médios da categoria giram em torno dos R$ 7.800,00.

Sobre o Concurso Público, os secretários voltaram a confirmar a sua homologação com a convocação de 85 médicos e mais 85 até dezembro.

O secretário de Saúde, Ary Souza falou aos jornalistas sobre as negociações dos últimos meses, reafirmando a disposição da prefeitura de sentar à mesa com a categoria. 

Durante a coletiva, ele se mostrou preocupado em relação ao atendimento à população, já que no interior do Estado algumas unidades de saúde também enfrentam problemas. 

Entre os assuntos, o secretário falou sobre o Plano de Saneamento das Filas de Consultas, Exames e Cirurgias, que pretende diminuir o tempo de espera dos pacientes por um atendimento; a inauguração do Hospital São Benedito (alta complexidade e procedimentos eletivos) e a prioridade em relação à Regulação e as unidades básicas de saúde, além da questão da segurança.