Habitação e Regularização Fundiária / Ginásio do Quilombo
14 de Julho de 2018 11h26
Prefeitura propõe acordo, mas famílias sem moradia não aceitam o aluguel social
A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, em parceria com a Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano e com apoio das Secretarias de Ordem Pública e Serviços Urbanos, esteve neste sábado (14) no Ginásio do Quilombo, para a transferência das 16 famílias que ocupam o local, desde janeiro.
As famílias abrigadas no ginásio são oriundas da região do Altos do Coxipó e do Sucuri e receberam, esta manhã, por parte da Prefeitura de Cuiabá, a oportunidade de terem um lar novamente. A ação, coordenada pela secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, levou ao local uma equipe com seis assistentes sociais, oito policiais militares, doze agentes de operação e três caminhões para acompanhar, dar suporte à operação e encaminhá-las ao novo endereço.
Para esta transição, que preza pelo bem estar dessas famílias, foram locados 16 imóveis para servirem de moradia às famílias, durante o período de 90 dias, acompanhado do pagamento de água, luz e cestas básicas. Além disso, a partir desta segunda-feira (16) elas estariam incluídas no programa do Conjunto Habitacional Nico Baracat II e III.
Entretanto, as negociações não obtiveram êxito. As famílias que estão vivendo em um local insalubre, não apropriado para moradia, decidiram não deixar o local. As pessoas que demonstravam interesse acabaram sendo censuradas pelos líderes do movimento.
De acordo com o secretário-adjunto de habitação e Regularização Fubdiária,João Carlos Hauer, o empenho do município em garantir uma vida melhor a essas pessoas, foi planejado para assegurar que todos os seus diretos fossem respeitados.
“A prefeitura fez o papel dela, arrumou os imóveis, arrumou o transporte, ia subsidiar esse pessoal com cestas básicas num período de 90 dias, ia inseri-los no programa habitacional. Mas eles não aceitaram nossa proposta. O que eles querem é ganhar uma casa, se a prefeitura der uma casa a eles, estará legalizando uma invasão. Então, mediante isso, como eles se negaram a sair, o município não vai mais poder ajudá-los. Faremos o relatório do ocorrido aqui e enviaremos ao órgão de competência para proceder com medida judicial.”, esclareceu João Hauer.
A prefeitura de Cuiabá reitera, que desde a segunda quinzena de janeiro, quando essas famílias foram retiradas de áreas de risco e remanejadas para o Ginásio do Quilombo, vem acompanhando a situação, mantendo o diálogo entre os gestores e as famílias, na tentativa de buscar a melhor forma para atender suas reivindicações. E que todas as decisões tomadas até o presente momento, foram em comum acordo com as partes envolvidas, sempre buscando a prática do diálogo, respeitando o princípio da dignidade humana.