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06 de Agosto de 2010 17h22
Prefeitura de Cuiabá apoia espaço cultural na Praça Alencastro
Desde hoje (06-08) cedo, a cultura galopa a rédeas soltas na Praça Alencastro, sede da Prefeitura de Cuiabá, com a apresentação de artistas regionais, mostra de artesãos e oferta de pratos típicos mato grossenses. O lugar já se tornou um tradicional ponto de encontro cuiabano dos que dominam a arte artesanal às sextas feiras, incluindo o preparo de comidas típicas e shows musicais, a exemplo da cantora gospel Lila Dayane, que se apresentou às 16h10m
Conforme uma das coordenadoras do Projeto Artesanato, Andréia Dias, a cada evento protagonizado na Praça Alencastro é contabilizado um reforço significativo à proposta uniforme da categoria de dinamizar o trabalho cultural. "Atualmente, já temos 150 artesãs cadastradas, mas o universo de militantes nesse segmento ultrapassa a cifra dos 250. Há, portanto, uma demanda reprimida, falta espaço para que todas possam expor suas criações, que são obras primas requintadas, conforme pode ser visto por aqui".
Andréia diz ter esperança de que, em breve, todas as artesãs da Capital possam ter oportunidade idêntica de potencializar a mostra dos seus trabalhos, passo importante para a comercialização e divulgação do nosso potencial artístico além fronteiras mato-grossenses. "Há um otimismo geral nesse aspecto. Mesmo porque temos tido muito apoio da ala empresarial, e as artesãs, por sua vez, são conscientes de que é preciso empenho pessoal, também colaboram bastante. O retorno é inevitável", anima.
Segundo a coordenadora, que ainda apresenta no palco os grupos musicais e artistas independentes, a instituição de uma feira desse tipo rende muitos dividendos positivos. "O Projeto Artesanato na Praça (Alencastro) é fonte de geração de renda para seus integrantes, e ainda lança nomes artísticos de talento no mercado. Muitos dos que se apresentam pela primeira vez na praça são convidados na sequência para mostrar seu talento em outros lugares. É a arrancada do sucesso, com certeza", acentua
Nesta sexta-feira, pela manhã, também se apresentaram na Praça Alencastro os alunos da Escola Salim Felício (danças) e da Escola Padre Raimundo Pombo. "As atividades artísticas são ininterruptas, e o povo gosta, pois a praça está sempre cheia de um público atento, que aplaude, que quer saber como trabalhamos, e por aí" - comenta Andréia. Através da renda captada nessas feiras as artesãs já montaram até um atelier. "E a tendência é de outras conquistas serem registradas”, espera ela.
Para a cantora Lila Dayane, da Igreja Batista Nacional, foi uma experiência interessante se apresentar na Praça Alencastro hoje (06-08). "Na verdade, essa foi a primeira vez que me apresentei fora da minha igreja, junto a um público novo, diversificado. Mas creio que fui bem..."
Outra a falar sobre suas atividades na praça foi a artesã Maria Maciel, 66 anos, idade que denomina de "maturidade exercitada no dia a dia profissional". Ela cria roupas infantis, e exibiu algumas peças com orgulho. "Essa, mesmo, observe, exigiu um trabalhinho a mais, pois é muito delicada. Ficou fofinha, não concorda?", indaga, sorriso franco estampado no rosto de quem não tem nenhuma ruga de cansaço por mais um dia de labuta na Praça Alencastro. "Só de ficar olhando esse movimento todo, essas pessoas alegres, já me divirto. Não tem canseira, não..."