Empresa Cuiabana de Zeladoria e Servicos Urbanos / RESSOCIALIZAÇÃO
01 de Fevereiro de 2017 14h47
Prefeitura de Cuiabá amplia parceria com a Fundação Nova Chance
Com o objetivo de reinserir à sociedade pessoas que estão privadas da liberdade e auxiliá-las na recuperação e na assistência familiar, a Prefeitura de Cuiabá assinou um termo de contratação de mão de obra remunerada, nesta segunda-feira (30), com a Fundação Nova Chance. Com isso, 20 reeducandos do sistema prisional de Mato Grosso terão a oportunidade de reescreverem suas próprias histórias de vida a partir de amanhã (01).
Wesley Fábio Santana da Cruz, de 26 anos, é exemplo disso. Há dois anos, decidiu dar uma chance para si. Em 2014, após participar de uma audiência na 2ᵃ Vara Criminal do Fórum de Cuiabá, decidiu buscar apoio na Fundação. “Estava no regime semiaberto. Tinha acabado de me casar, meu filho era recém-nascido e eu estava desempregado. Poderia acabar voltando para o mundo do crime. Mas, hoje, graças a Deus e a essa oportunidade, consegui comprar meu terreno e construir minha casa”, revelou.
Do porte de armas para a vassoura. Da sujeira do mundo do crime à limpeza da cidade. Foi assim que, após se efetivar na Secretaria de Serviços Urbanos, o traficante de drogas e assaltante se transformou em gari. “Este trabalho é realizado há quatro anos pela Prefeitura de Cuiabá. Agora, com a assinatura deste termo, iremos dobrar o número beneficiados, passando dos 20 atuais para um total de 40 trabalhadores”, assinalou o chefe da pasta, José Roberto Stopa.
Para o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro, a ação social merece reconhecimento e apoio por parte da Gestão Municipal, visto que as unidades prisionais não conseguem cumprir com a missão de reeducar e ressocializar os presos. “Mais do que punir, é preciso criar condições para que a dignidade humana e a cidadania sejam garantidas a todos. A Fundação revela muitos exemplos de que o trabalho dignifica o homem e de que é possível mudar o curso da própria história. Basta querer, ter uma oportunidade e saber aproveitá-la”, analisou.
De acordo com a presidente da Fundação, Cíntia Barbosa, um exemplo claro de que o trabalho da entidade resulta em números positivos, o Governo de Mato Grosso conseguiu economizar mais de R$ 2 milhões somente no ano passado, com a contratação de mão de obra de presidiários que cumprem pena no regime semiaberto. “Estes meninos precisam apenas de uma oportunidade para começar uma nova vida. Dar uma novachance é o nosso papel”, finalizou.