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A prefeitura de Cuiabá deu início nesta quinta-feira (10), à transferência dos vendedores ambulantes da Praça Ipiranga para o Centro Comercial Popular. Pela manhã, cerca de 90 camelôs retiraram as autorizações para a mudança, que está ocorrendo de forma pacífica e tranquila.

“Está tranquilo porque todos querem essa mudança. O novo Centro é a realização de um sonho para nós. Todos os que estão trabalhando nas praças nos últimos dois anos foram contemplados com um espaço lá”, contou a representante da Associação dos Camelôs e Vendedores Ambulantes Permissionários do Município de Cuiabá, Aparecida Ribeiro.

Sessenta e cinco fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estão entregando as autorizações para 124 ambulantes. No total, 250 camelôs irão ocupar os espaços do Centro Comercial: 120 da Praça Ipiranga, 80 da Praça Caetano Albuquerque, e 50 da Praça Maria Taquara.

Conforme o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Elias de Andrade, na próxima segunda-feira (14), nenhum ambulante poderá ocupar novamente as praças da capital.

“É uma determinação que todos desocupem o Centro Histórico da capital até segunda-feira. Quem já estiver com a autorização pode mudar para o Centro Comercial, mas quem não pegou a permissão terá que ficar em casa e aguardar. Alguns não estão com toda a documentação, então é bom acelerar e entregar na prefeitura”, afirmou Elias.

A fiscalização da secretaria de Meio Ambiente será permanente, em conjunto com a Polícia Militar. O vendedor que tentar ocupar alguma das praças será convidado a se retirar do local. “Mas tudo com humanidade e sem confronto”, destacou o secretário.

Conforme Elias, os vendedores que trabalham com alimentos também terão que deixar as praças. Para eles, será feito um novo cadastramento e análise da situação, mas só poderão vender seus produtos no entorno do Centro Histórico.

Mudança

Muitos camelôs já se deslocaram para o Centro Comercial para avaliar o espaço. Para Gildemar Piropo dos Santos, camelô há 32 anos, a segurança do espaço será o grande atrativo, tanto para os vendedores, quanto para os consumidores.

“Tem muita gente que fica com medo de comprar na barraca no meio da rua porque pode ter outras pessoas de olho no que ele está comprando e aqui não teremos esse problema. Além, do movimento, já que estamos ao lado do Mercado do Porto”, disse.