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05 de Agosto de 2019 09h49

Prefeitura assina termo de fomento com instituição de reintegração social em Cuiabá

NAIARA LEONOR

Luiz Alves

Arquivo

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde assinou um convênio para pagamento de aluguel do novo imóvel sede da instituição terapêutica Valentes de Davi. O contrato tem duração até o fim de 2020. A instituição atende cerca de 140 pessoas que cumprem regime semiaberto e/ou se encontravam em situação de rua em Cuiabá, com moradia, alimentação e atividades sociais.

A assinatura do convênio na última quinta-feira (01) foi um momento muito aguardado pela pastora Fátima Corrêa Mendonça, presidente do projeto Valentes de Davi, em Cuiabá. Emocionada, a pastora contou sobre a luta para manter o atendimento aos que ela chama de filhos.

“Eu estou muito feliz hoje por ter conseguido essa vitória com o Prefeito Emanuel Pinheiro. Foi ótimo ele ter dado essa atenção pra nós, porque agora as coisas vão melhorar. Esse convênio com a Prefeitura de Cuiabá é super importante pra nós, porque nós não tínhamos uma moradia digna. E hoje Deus me privilegiou com esse convênio”, comentou a pastora.

A assinatura se deu na companhia da juíza Maria Rosi, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá e o juiz Geraldo Fidelis, da 2ª Vara Criminal da capital mato-grossense. Na ocasião, o Prefeito Emanuel Pinheiro ressaltou a importância de trabalhos como o da pastora Fátima, que chegam onde o Estado não alcança.

“Então pra mim como gestor, como prefeito, é importante dar este apoio, que a Prefeitura de Cuiabá dê todas as condições possíveis para que instituições e pessoas como a senhora tenham apoio, porque é onde a prefeitura não chega. Nós precisamos deste terceiro setor, deste apoio, deste respaldo de pessoas abnegadas e dedicadas como a senhora, que fazem uma coisa inimaginável. Então o mínimo que o Município pode fazer é ser provocado como foi pela dr. Rosi e dr. Geraldo, para que pudéssemos celebrar este convênio”, declarou o prefeito de Cuiabá.

O juiz Geraldo Fidelis explicou que, como Mato Grosso não possui colônias penais para quem progride do regime fechado para o semiaberto, muitos dos que saem acabam nas ruas e reincidem no crime.

“Eles podem ficar com suas famílias, mas muitos não tem famílias, vão pras sarjetas, para as ruas, e são abraçados pelo crime, se não tivesse uma casa igual a dela, para atender essas pessoas, pra dar um auxílio espiritual, de tirar da chuva, aumentaria a criminalidade na nossa cidade. Então, o que ela faz, além deste trabalho espiritual, ela faz segurança pública, porque o amor é a principal arma contra o crime. É o que ela faz”, pontuou o juiz.

A juíza Maria Rosi explicou a dificuldade do trabalho do magistrado criminal, que em muitos casos sabe que a pessoa cumpre a pena, mas ao ser solta, se não tiver um amparo de reintegração a sociedade, vai voltar para o crime. “É uma situação muito complexa a do magistrado criminal. Então quando se acolhe esta pessoa, se dá um teto, no caso da pastora, quando traz a palavra de Deus, tudo isso são formas de atendimento a essa comunidade”, finalizou a juíza.

O termo de fomento foi publicado em Diário de Contas no dia XX de agosto de 2019 e vai vigorar até dezembro de 2020 para a locação do imóvel na Avenida Sinop, nº 280 no Parque Amper.

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