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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, recebeu no início da tarde desta quarta-feira (09) o grupo Flor Ribeirinha, campeão do 18º Festival Internacional de Arte e Cultura de Bűyűkçekmece, na Turquia. Outros 26 países participaram do evento. O vice-prefeito Niuan Ribeiro e o secretário de Cultura, Esporte, Francisco Vuolo, participaram da recepção.

O grupo chegou pela manhã em Cuiabá. Do aeroporto, os integrantes desfilaram em carro aberto pelas principais vias da Capital e também foram recebido pelo governador Pedro Taques. Emoção marcou o desfile. Eles foram saudados pelas pessoas nas ruas.

A fundadora do grupo, Domingas Leonor, chorou ao ser recebida pelo prefeito. Emanuel citou o orgulho cuiabano ao receber o grupo e destacou o incentivo à cultura cuiabana. 

Durante o ato, o gestor estabeleceu o decreto de Lei 4.777 de 05 de setembro de 2005, instituindo o “Dia do Oficial do Siriri e Cururu” no calendário oficial de Cuiabá e o grupo Flor Ribeirinha como representante oficial da cultura cuiabana.

"É um orgulho imenso receber no dia de hoje o grupo que foi do outro lado do mundo representar com maestria o nome da cultura cuiabana. Venceram 26 países, mostrando a vitalidade, a graça e a irreverência e, principalmente, por elevar a autoestima e o amor próprio do povo cuiabano", reiterou o prefeito.

“Eu sempre acreditei no talento dos filhos da terra de Rondon, do pequenino pedaço de chão abençoado e cravado as margens do Coxipó da Ponte, chamado São Gonçalo Beira Rio. O siriri é a maior expressão popular cultural da nossa gente eminentemente pantaneira, passando de geração em geração, de pai para filho, eternizando o nosso talento e da sociedade que se aproxima dos 300 Anos. Portanto, não haveria oportunidade melhor para oficializar este decreto porque vocês do Flor Ribeirinha são a expressão maior do nosso povo. Parabéns! Que Deus ilumine os campeões do mundo", acrescentou o prefeito.

Ainda durante a solenidade, foram entregues a fundadora do grupo, Domingas Leonor, um troféu e uma menção honrosa. “É uma emoção muito grande para todos nós. Estarmos todos aqui com Dona Domingas e toda equipe do Flor Ribeirinha comemorando este título, que nos remete a nossa essência e coloca Cuiabá no centro do mundo e hoje eles são o centro do mundo. Parabéns pela  garra e pela luta, porque sabemos que fazer cultura no Brasil não é fácil. É só para quem é apaixonado. E por isso, vocês são cuiabanos, porque todo cuiabano é apaixonado pela sua cidade. Obrigado”, afirmou o vice-prefeito.    

Todo o trajeto da carreata, organizada pela Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo foi acompanhado de perto pelo titular da pasta Francisco Vuolo, que tem um carinho especial por ter acompanhado de perto a evolução do grupo. “Eu que desde 2002 vi esse grupo surgir, acredito que este título seja um divisor de águas, por ser um marco para a cultura cuiabana. Elevar o nome do Siriri é elevar as danças populares da nossa Capital. Há 15 anos comecei esse projeto junto ao “Flor Ribeirinha” com o primeiro Festival de Siriri  e agora 15 anos depois vê-los campeões mundiais  é também uma conquista pessoal para mim”,  orgulha-se o secretário.

Em agradecimento ao apoio e a conquista, Dona Domingas não resistiu e puxou uma cantiga do santo padroeiro da localidade, São Gonçalo. “Ao nosso santo padroeiro peço saúde e proteção para o prefeito Emanuel Pinheiro, para o seu vice Niuan e, para Vuolo, que é como um filho para mim. Enfrentamos muitas dificuldades, os critérios de classificação eram bem exigentes, até uma flor do cabelo que caísse no chão fazia o grupo perder pontos. Porém, com a proteção divina nós conseguimos ser impecáveis. Quando entravamos no palco, éramos ovacionados pelo público e isso contou muito”, explicou Domingas.  

A Associação Cultural Flor Ribeirinha, da comunidade São Gonçalo Beira Rio, trabalha há 25 anos no resgate, manutenção, proteção e difusão da cultura popular, sobretudo o Siriri e o Cururu, bem como outras formas de expressão da cultura regional da Capital mato-grossense. Para eles. o prêmio reúne varias vitórias, que não definem o final de um ciclo e sim o inicio de uma nova era para as danças populares praticadas no Estado.  Atualmente, eles realizam com a comunidade o projeto “Semente Ribeirinha”, onde ensina crianças a propagarem o Siriri.