Notícias

Governo / PROTEÇÃO

06 de Maio de 2020 13h45

Prefeito e Primeira-dama buscam parceria para executar programa de combate à violência contra a mulher em Cuiabá

NAIARA LEONOR

Luiz Alves

Arquivo

Mato Grosso já figurava entre os estados com maior índice de feminicídios do país, mas, de acordo com levantamento do Banco Mundial, a situação piorou neste período de isolamento social em razão da pandemia do novo Coronavírus. Diante da situação, o prefeito Emanuel Pinheiro e a primeira-dama Márcia Pinheiro, buscam parceria com a 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e apoio do Ministério Público para executar um programa de combate à violência contra a mulher no Município de Cuiabá. Uma das ações trata-se do programa “solidariedade em ação”, que prevê amparo financeiro para os filhos de vítimas de feminicídios.

“Pedimos uma audiência ao dr. Jamilson Haddad, juiz da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, para buscar não só, mais subsídios oficiais, como também o apoio dele e do Ministério Público, para subsidiar a primeira-dama na execução de um programa delineado com objetivo de proteger a mulher e a criança cuiabana”, explicou o prefeito de Cuiabá.  

De acordo com levantamento feito pelo Banco Mundial, Mato Grosso quintuplicou o número de casos de feminicídio neste período de quarentena, subindo de 2 ocorrências para dez. Os dados fazem o comparativo entre os meses de março de 2019 e 2020.

“Criamos a Secretaria da Mulher para atuar justamente neste tipo de situação e é o que vamos fazer. É inadmissível que as mulheres e crianças de Cuiabá vivenciem esse tipo de situação de agressão, principalmente neste momento de pandemia, onde o lar deveria ser o local mais seguro e acolhedor”, pontuou a primeira-dama de Cuiabá.

Em abril, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres divulgou o relatório “A sombra da pandemia: violência contra mulheres e meninas e Covid-19”, documento que analisa o impacto das pressões econômicas e sociais no período de isolamento da pandemia na relação de violência doméstica. Para a entidade, os dados apontam uma crescente exponencial nos casos de violência doméstica em todo o mundo.