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Saúde / Novo procedimento

31 de Agosto de 2016 08h04

Policlínicas e UPA's incluem mais duas cores no processo de identificação dos pacientes para qualificar atendimento

MARIA BARBANT

Divulgação - Secretaria de Saúde Cuiabá

Arquivo

A Secretaria de Saúde de Cuiabá está implementando novos critérios para otimização, legalidade e segurança nos atendimentos prestados aos pacientes nas unidades de pronto atendimento.

Na classificação de risco que é  utilizada hoje na rede publica de saúde de Cuiabá, com priorização identificada por cores – azul, verde, amarelo e vermelho, de acordo com o potencial de risco que o paciente apresenta -, são  utilizados protocolos instituídos pelo Ministério da Saúde.

“O sistema de Acolhimento com Classificação de Risco é fundamental para organizar os processos de trabalho dentro da unidade de saúde e melhorar o atendimento ao usuário, além de ser um instrumento de humanização”, explicou a diretora da Atenção Secundária, Lileine Lúcia da Silva. Segundo ela, esse sistema também amplia o nível de resolutividade dos casos, garantindo um atendimento cada vez mais rápido, efetivo e eficiente.

A inserção de mais duas cores indicativas,   atende a demandas especificas dentro das unidades de pronto atendimento. A roxa indica os  pacientes prioritários, amparados pela Lei 10.048 de novembro de 2000, que são os portadores de deficiências físicas, idosos com idade igual  ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo e a cor preta para os pacientes alérgicos.

A intenção, segundo explicou a diretora de Atenção Secundária, é estruturar o serviço a fim de atender os usuários de forma mais qualificada e segura.

“A Classificação de Risco organiza o fluxo dos pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um atendimento resolutivo e humanizado. Com mais  essas duas indicações, roxo, para os pacientes prioritários, e preto para os alérgicos, estamos tornando esse atendimento cada vez mais qualificado e eficiente”, salientou.

Para, Karine Manfrin, membro da Equipe Técnica de Enfermagem, da Diretoria de Atenção Secundária, o objetivo além de organizar é padronizar o atendimento. “Estaremos evitando qualquer  duvida em relação ao atendimento, considerando os casos prioritários e os pacientes alérgicos. As cores  chamam a atenção da equipe de enfermagem antes de realizar qualquer medicação e evita que o médico realize a prescrição de medicamentos aos quais  pacientes possam ser alérgicos”.

A técnica  explicou ainda que a inclusão de mais duas cores não irá influenciar na classificação de risco, apenas servirá de identificação para a equipe no momento do atendimento. “Se  por exemplo o  paciente for classificado como amarelo e tem alergia, usará as duas pulseiras (amarela e preta). No caso de pacientes idosos, que forem classificados como verde por exemplo, portará a pulseira de cor verde e a de cor  roxa,  e terá prioridade sobre os demais pacientes de mesma classificação (verde), devido a idade”, disse ela.

Os usuários que estiverem com as pulseiras roxas (indicativa de atendimento prioritário) e pretas (indicativa de pacientes alérgicos), só deverão passar na frente dos outros pacientes se estiverem classificados como amarelo ou vermelho.

Importante saber

Para o usuário do SUS é importante saber que a classificação de risco é a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Esse processo inclui a escuta qualificada das queixas do usuário,  tomada de decisão baseada no protocolo,  capacidade de julgamento crítico e experiência por parte do enfermeiro.

O usuário que procura o serviço de urgência deve ser acolhido pelos funcionários da portaria ou recepção, encaminhado para confecção da ficha de atendimento e, logo após, acompanhado pelo acolhedor para o setor de Classificação de Risco, para ser classificado pelo enfermeiro, utilizando as informações da escuta qualificada, com a verificação dos dados vitais e a utilização do protocolo.

“Lembrando que nenhum paciente pode ser dispensado sem ser atendido, ou seja, acolhido, classificado e encaminhado de forma responsável a uma unidade de saúde de referencia”, salientou Lileine Lucia.

Classificação de Risco

 Vermelha -  Emergência

O paciente deve receber atendimento imediato, pois se trata um caso gravíssimo, com risco de morte eminente.

 Amarela -  Urgente

Caso grave e risco significativo de evoluir para morte. Nesses casos o paciente é encaminhado ao atendimento com prioridade.

 Verde -  Pouca urgência

O paciente deve ser encaminhado para consulta médica, já que a urgência é menor. E será reavaliado periodicamente, até o atendimento, Esses são os casos que devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde.

 Azul -  Não urgente

Casos para atendimento nas unidades de saúde mais próximas da residência do usuário, com horário marcado ou por hora de chegada. Normalmente são direcionados as UBS ou PSF’s, como queixas crônicas, e/ou agudas como resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem pontos, e outros.