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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 80% da população de países em desenvolvimento utilizam práticas tradicionais nas unidades de saúde, usando o princípio ativo das plantas como poder de cura. E Mato Grosso tem grande potencial para o desenvolvimento dessa área por ser composto de grande diversidade vegetal. Foi a partir desses dados que a bióloga, especialista em políticas públicas em questão ambiental, Maria Sueli Sampaio, conduziu a oficina “Cultivando a semente da cura com plantas medicinais”, realizada nesta quarta-feira (15-09) na Lagoa Encantada (Estação de Tratamento de Esgoto - ETE do CPA III).

A iniciativa faz parte da agenda continuada do Centro de Referência de Reuso de Água (CRRA), projeto realizado pelo Instituto de Desenvolvimento de Programas (Idep), Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.

A oficina, segundo Maria Sueli, visa divulgar o conhecimento popular das plantas, buscando a valorização da mesma, principalmente daquelas que têm poder de cura. “Hoje existe muita divergência sobre o uso das plantas na medicina alternativa, no entanto não podemos negar que somos dependentes delas, que são essenciais para nos mantermos saudáveis”, disse a professora.

A bióloga lembrou que a tradição de usar produtos caseiros extraídos do vegetal para cura de doenças comuns como a gripe, resfriados e problemas digestivos, sempre esteve presente nos lares da população do mundo todo. E hoje o homem está redescobrindo o poder que os vegetais têm em proteger, purificar, embelezar, perfumar, temperar e curar o mundo. “Não podemos negar que o uso de medicamentos alternativos naturais é fundamental para uma vida saudável, pois a ingestão de menos toxinas contribui para a saúde não só do ser humano, mas também do planeta”, observou Sampaio.

Apesar de defender o uso das plantas como alternativa para cura de doenças, a especialista alerta para fatores que é de extrema importância: o plantio, cultivo e a colheita, que devem ser feitos de forma correta. “É preciso estar atento para esse fato, para que possamos absorver o princípio ativo de cada planta. Para tanto deve ser levado em consideração o ambiente apropriado e a época correta de plantio e colheita dos vegetais, garantindo assim a qualidade do produto”.

Participaram da oficina mulheres que moram em bairros do entorno CPA III, próximo à Lagoa Encantada. Após assistirem a parte teórica da oficina, no auditório, elas se encaminharam para o viveiros, onde conheceram alguns vegetais e o processo de plantio das mudas. Entre elas alecrim, gergelim, orégano, cajuzinho do cerrado, girassol e cravo de defunto.

Para a dona de casa Maria de Fátima Flores a oficina comprovou o que já acreditava: que a medicina natural ainda é a melhor alternativa para uma vida saudável. “Sempre procurei usar medicamentos naturais, como chás caseiros e feitos com ervas, mas foi importante participar da oficina porque aprendi que devemos ter certos cuidados para não errar na forma de utilizar esses remédios”.

A artesã Arilce Maria Sigarine também adorou a oficina. Segundo ela, as plantas são essenciais para a vida das pessoas, além de curar também embelezam e perfumam, por isso devem ser cultivadas por todos.

No final da oficina as mulheres receberam material com informações dos mais importantes grupos de princípios ativos.

Acompanhe a agenda do CRRA entre os meses de setembro e dezembro de 2010:

22/09 – Oficina: Como Escrever Bem
29/09 – Curso na Lagoa
06/10 – Oficina: Brincando com as Cores
13/10 – Filme na Lagoa: Os Sem Florestas
20/10 – Seminário Ecológico
21/10 – Seminário Ecológico
03/11 – Atividades Lúdicas no Ensino de Ciências
10/11 – Filme na Lagoa: Wall – E
17/11 – Palestra: Nova Ortografia da Língua Portuguesa
24/11 – Palestra: A importância de doar Sangue
01/12 – Congresso
02/12 – Congresso
03/12 – Congresso


Outras informações:
3025 - 6210 / 9288 – 7720