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16 de Novembro de 2010 18h00
Parada da Diversidade Sexual tem apoio da Prefeitura de Cuiabá
Os coordenadores da 8ª Parada da Diversidade Sexual e da Cidadania LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis estiveram hoje (16-11) à tarde em audiência com o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, no Palácio Alencastro. Eles conversaram com o prefeito para solicitar apoio logístico da Prefeitura à realização deste evento, previsto para acontecer no próximo dia
Segundo o coordenador-geral do Movimento, Clóvis Arantes, o Município sempre colaborou para que as paradas sejam realizadas com segurança total (controle do trânsito e apoio policial), além da montagem de palco e divulgação. São fatores que o líder considera importantes para garantir o sucesso desse evento, a exemplo das demais cidades brasileiras onde as Paradas são realizadas anualmente. "Mais uma vez queremos contar com a Prefeitura de Cuiabá. Nosso slogan em 2010 é 'Paz, Justiça e Cidadania - Por um MT sem Homofobia".
Arantes informou que, nos últimos dois anos, 14 homossexuais foram brutalmente assassinados no Estado. "Não é possível conceber tamanha violência", condenou. Ele disse ao prefeito que a ideia da instituição que representa, 'sem fins lucrativos', era realizar a Parada da Diversidade Sexual (mais conhecida como Parada Gay) somente após o período eleitoral, o que efetivamente foi cumprido. "Foi uma decisão política, por entendermos que o evento poderia ser aproveitado eleitoralmente. E esta nunca foi a nossa intenção. Daí a sua transferência para o dia (19-11)".
Clóvis acentuou que a Capital mato-grossense é famosa em face da alta receptividade com que recebe a todos. "Uma das metas dessa Parada é justamente garantir que isso continue a prevalecer. Ou seja: banir a possibilidade de que a homofobia se instale e se alastre por aqui também. Estudos indicam que 10% da população cuiabana é gay, um percentual significativamente alto. São cidadãos que atuam aqui em diversificadas frentes de trabalho, recolhem seus impostos e cumprem missões cívicas", destacou.
Ele disse que “em alguns estados brasileiros homossexuais sofrem toda sorte de discriminação violenta, tendência que é registrada também em outras partes do Planeta. "Os casos de assassinatos têm-se tornado comuns, infelizmente. Um problema não restrito apenas ao Brasil, mas ao mundo inteiro", lamentou.