Educação / DEMOCRACIA
25 de Janeiro de 2017 08h41
Pais de alunos decidem futuro de escola no Canjica
Por maioria de votos, pais de alunos da Escola Municipal Elza Luiza Esteves, no bairro Canjica em Cuiabá, decidiram o futuro da unidade que não passa por reforma há quase 15 anos.
De forma transparente e democrática, a Secretaria Municipal de Educação (SME) deixou que a comunidade escolhesse o que achassem mais seguro e mais cômodo para seus filhos. A votação foi realizada na noite de terça-feira (24 de janeiro).
A unidade está com gravíssimos problemas de infraestrutura e será interditada parcialmente para reforma geral e emergencial. O objetivo da manutenção da escola em funcionamento é que os alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental não tenham que se deslocar diariamente até outro imóvel distante 11 km do local.
Conforme a secretária de Educação, professora Mabel Strobel, a ala mais comprometida, será reformada primeiro. Ela será isolada com tapumes para evitar o acesso dos adolescentes ao canteiro de obras.
"Fiquem tranquilos. Cada passo das intervenções será acompanhado por um engenheiro que irá emitir laudos sobre o nível de segurança, bem como um eventual risco e necessidade de isolar totalmente a área. Se futuramente for preciso, nós retiraremos os alunos daqui", enfatizou professora Mabel.
Além do isolamento do setor em obras, serão instaladas três salas móveis feitas de contêineres no pátio coberto.
Prazos
A reforma dos banheiros e da cozinha será iniciada de imediato. A parte de cobertura e instalação elétrica já está contemplada em processo de licitação em andamento.
Já as demais intervenções levarão entre 60 a 90 dias para serem licitadas. A reforma completa inclui alvenaria, louças, metais, janelas, forro, elétrica, pintura, climatização, construção de muro de arrimo.
A previsão é de que a obra seja concluída em 11 meses após o término da última licitação.
Democracia
A segunda opção, rejeitada pela população, era o aluguel de outro imóvel na região do CPA para o funcionamento temporário das aulas. O transporte dos alunos seria feito por ônibus escolares da Prefeitura.
"A opção escolhida era mesmo a mais viável do ponto de vista econômico e humano, tendo em vista a preocupação com o transporte desses jovens", avaliou a secretária Mabel.
Outra decisão coletiva foi pela volta do 9º ano que, neste ano letivo, não seria reaberto. Contudo, a Secretaria atendeu aos apelos da comunidade e se comprometeu a mantê-lo caso a turma possua pelo menos 25 alunos.