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Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência /

04 de Outubro de 2010 15h17

Orientadores sociais do Programa ProJovem discutem desafios pedagógicos

Marcia Caetano-Assessoria/Smasdh

Os orientadores sociais que atuam no Programa ProJovem Adolescente se reuniram na manhã de sexta feira (01-10), no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social, em Cuiabá-MT, para implementar uma discussão administrativa e pedagógica. Um dos temas abordados enfocou o Sisjovem, Sistema de Acompanhamento de Gestão do ProJovem Adolescente, programa que atende beneficiários com idade entre 15 e 17 anos, oriundos de famílias em vulnerabilidade social.

As educadores precisam preencher as informações no Sistema, que é coordenado pelo Governo Federal, obrigatoriamente em todas as unidades coletivas em funcionamento do programa, explicaram durante o encontro. O controle é feito eletronicamente através do CadSuas (Cadastro do Sistema Único da Assistência Social), e além da inclusão dos dados gerais dos grupos, o educador precisa também ficar atento ao envio eletrônico da freqüência mensal dos jovens.

O não preenchimento das informações no Sisjovem pode implicar na interrupção do repasse de recursos do Projovem Adolescente. A supervisora pedagógica do ProJovem em Cuiabá, Ondina Fernandes A. Queiros, explicou que um dos desafios do referido programa ainda é trazer os adolescentes para as unidades de trabalho:

 
“Há dificuldades para localizar os endereços dos beneficiários; muitos trabalham e outros ainda não têm interesse nas atividades. Acreditamos que pelo menos 30% deles ainda não participam dos coletivos. Entretanto, atendemos hoje 1.100 adolescentes, e desses apenas 800 recebem o beneficio. Os outros estão conosco mesmo sem o beneficio, porque gostam do trabalho desenvolvido no coletivo. Desejam, enfim, melhorar a educação”, avaliou a supervisora.

Atuando na condição de orientadora social na unidade do Cras-Centro de Referência da Assistência Social do Pedregal, com um coletivo responsável por duas turmas de 25 alunos cada, a pedagoga Jucimeire Vieira destaca a realização de projetos para atrair a participação dos jovens: “Uma das atividades de interesse geral é a preparação da multimistura, com atendimento das mães e pesagem das crianças para combater a desnutrição. Outro tema  que mobilizou a turma foi a eleição para o líder dos grupos.

Fizemos como simulação das eleições. Temas como suborno e corrupção foram amplamente debatidos. Lógico que houve questionamentos e propostas".

Para manter os jovens interessados nos trabalhos, explicou, foi preciso esforço  integrado de todos os envolvidos no programa.  "Abrimos espaço para o diálogo e a afetividade. Em muitos casos, percebe-se, querem apenas falar. Precisam ser ouvidos e acolhidos”, ressaltou a educadora.

O programa ProJovem Adolescente em Cuiabá atende 1.100 jovens de 15 a 17 anos; destes, 800 recebem uma ajuda mensal de R$33,00. As atividades desenvolvidas em coletivos de 17 a 25 alunos acontecem no contra turno escolar em 50 unidades distribuídas nos bairros.