Mulher / LUTA POR DIREITOS
20 de Maio de 2024 14h45
Organizadores destacam momento histórico da 1ª Marcha da Visibilidade Trans, que promoveu reflexão sobre dignidade e respeito para todas as pessoas
A 1ª Marcha da Visibilidade Trans da história de Mato Grosso foi realizada na última sexta-feira (27), com apoio da Prefeitura de Cuiabá, via Secretaria Municipal da Mulher, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat-MT), Conexão Nacional de Mulheres Transexuais e Travestis (Conatt) e o Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública de Mato Grosso.
O percurso da caminhada foi de aproximadamente 1,3 quilômetro e teve início na Praça Alencastro, localizada em frente à Prefeitura de Cuiabá. O trajeto seguiu a rota: Praça Alencastro (ponto de concentração) – Rua Treze de Junho – Praça Ipiranga – Praça Bispo – Av. Getúlio Vargas – Praça Alencastro.
“Nós movimentamos a praça com muitas representações, tanto da comunidade trans quanto da LGBTQI+, além disso, contamos com organizações importantes como a Defensoria Pública, Ministério Público e outras não governamentais que estiveram presentes para apoiar a diversidade”, elencou Elis Prates, secretária Adjunta da Mulher.
O movimento buscou maior proximidade com as instituições públicas no intuito de promover maior visibilidade para as pessoas trans e cobrar engajamento na construção de políticas públicas referentes à saúde, combate à violência e preconceito estrutural.
Apenas 4% da população trans feminina no Brasil possui um emprego formal. Além disso, a expectativa de vida de uma pessoa trans no país é de 35 anos, segundo o relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
“A marcha de hoje é uma construção coletiva, um marco histórico para Mato Grosso porque estamos indo às ruas para reivindicar direitos básicos que hoje a população trans e travesti não consegue acessar”, disse Julian Takanã, coordenador estadual da Ibrat-MT.
A Defensoria Pública de Mato Grosso foi uma das principais parceiras do movimento, oferecendo o serviço de mudança de nome e gênero que pode ser solicitado sem necessidade de ação judicial.
“Prestamos todo o atendimento jurídico para os serviços de mudança de nome e gênero dentro desse evento histórico, de visibilidade que esse segmento precisa, principalmente o movimento trans que necessita de ampla visibilidade”, destacou Rosana Leite, defensora pública.