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03 de Setembro de 2010 14h34
Municípios de Mato Grosso discutem hoje Escola de Tempo Integral
Diretores, coordenadores pedagógicos e articuladores do Programa Mais Educação de diversos municípios do Estado participam, durante o dia de hoje (03-09), no Centro de Eventos do Pantanal, do Seminário de Educação Integral: Desafios e Perspectivas da Educação Integral
O evento é produzido pelas Secretarias Municipais de Educação de Cuiabá (SME), Várzea Grande, Alta Floresta, Rondonópolis e Sinop e Secretaria Estadual de Educação do Estado (Seduc) e visa promover o debate, a reflexão e a discussão de alternativas para a Educação Integral como estratégia para aperfeiçoá-la
Entre os temas discutidos no encontro estão Gestão e Financiamento, Currículo Integrado, Territorialidade versus Intersetorialidade, além de relatos de experiências do trabalho no município.
Em Cuiabá, a Escola de Tempo Integral (Educa Mais) foi implementado em agosto de 2008, com recursos próprios da prefeitura de Cuiabá, e atendeu, de início, 10 escolas que tiveram desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) abaixo de 2,9. Em setembro do mesmo ano, com incentivos do governo federal, foi ampliado para 31 escolas e passou a atender 7.202 alunos com o trabalho de 180 monitores. Hoje a rede municipal de ensino da capital atende 12 mil alunos em 51 escolas, onde freqüentam atividades educativas, culturais e esportivas no período inverso em que estudam.
Além da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá (SME), a ação envolve as secretarias de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, Esporte e Cidadania, Cultura, Saúde e Meio Ambiente. Cada secretaria oferece atividades nas unidades escolares de acordo com sua área de atuação.
Segundo a coordenadora de Programas e Projetos da SME, Rosa Maria Araújo Luzardo, a capital já superou a fase da implantação da Escola de Tempo Integral, que apresentava desafios como adequação de estrutura física e falta de recursos humanos e financeiros. “Vencida essa etapa, estamos no processo de consolidação. Isso significa aprimoramos cada vez mais as atividades desenvolvidas, focada na interseção curricular. Ou seja, trabalhamos para que o programa esteja vivo e presente no currículo da escola”, explicou.
A coordenadora também informou que a próxima ação do projeto em será a formação continuada dos monitores que trabalham com os alunos nas unidades de ensino. “O que vai se buscar nessa formação é um vínculo estreito com os saberes da escola e da comunidade. Isso significa ouvir a comunidade, saber em que perspectiva ela trabalha para que possamos legitimar e institucionalizar um novo perfil profissional”.
Essa qualificação, de acordo com a coordenadora do Mais Educação na UFMT, Maria da Anunciação Pinheiro Barros Neta, é um dos eixos do programa, que prevê a realização de um curso de especialização para os coordenadores e articuladores envolvidos no trabalho da Escola de Tempo Integral. “Para efetivar essa atividade, aguardamos os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Escola (FND). Nossa previsão é que a formação ocorra no próximo ano”.
A primeira ação do projeto foi um curso de extensão, ministrado em duas etapas, como carga horária de 60 horas e, a segunda, a realização do seminário.
Em Alta Floresta
Na opinião da coordenadora do Mais Educação do município, Janice Vindilino Roelis, depois das atividades do programa, a escola passou a ser um espaço mais atrativo, tanto para os alunos como para a comunidade. “Outro aspecto importante de ressaltar, ainda que tímido, é a melhoria na aprendizagem dos alunos”, afirmou.
Mais informações:
(65) 3645-6578