Saúde / Ação nacional
14 de Setembro de 2016 08h24
Multivacinação terá mobilização no próximo dia 24
No próximo dia 24 de setembro acontece o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação. A campanha será realizada no período de 19 a 30 de setembro, em todo o Brasil.
Este ano, além da vacinação contra poliomielite, a campanha incluirá todas as vacinas disponíveis pelo SUS para crianças menores 5 anos e, pela primeira vez, as vacinas para adolescentes entre 9 e 15 anos incompletos, incluindo a imunização contra HPV para meninas. Isso porque segundo o Ministério da Saúde, entre os adolescentes, a cobertura vacinal é ainda muito baixa.
A multivacinação é uma estratégia que a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), vem adotando com o objetivo de resgatar a população de crianças e jovens não vacinados ou com esquemas de vacinação incompletos, atualizando a Caderneta de Vacinação, de acordo com as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A campanha é importante também para melhorar as coberturas vacinais mantendo controladas, eliminadas ou erradicadas as doenças imunopreveníveis no Brasil.
Hoje, o Calendário Nacional de Vacinação disponibiliza 14 vacinas para crianças e 05 para adolescentes. “É fundamental que toda a população alvo compareça aos serviços de saúde levando a caderneta de vacinação, para que os profissionais possam avaliar se há alguma vacina que ainda não foi administrada ou se há doses que necessitam ser aplicadas, para completar o esquema vacinal”, explicou a responsável técnica (RT) de Imunização, da Coordenadoria de Vigilância às Doenças, Agravos e Eventos Vitais (Covida), da Diretoria de Vigilância à Saúde e Ambiente, Valéria de Oliveira.
Segundo a técnica, a incidência das doenças imunopreveníveis mostra que mudanças importantes ocorreram no comportamento dessas doenças com uso de vacinas e o avanço nas coberturas vacinais. Entretanto, a heterogeneidade dos resultados dessas coberturas vacinais e, em especial, o ressurgimento de algumas doenças, como por exemplo a coqueluche e o surto de sarampo ocorridos nos anos de 2014 e 2015 e, atualmente, a ocorrência de surto de caxumba, com notificações da doença em vários Estados, requerem estratégias adicionais para o resgate e vacinação dos não vacinados.
“Os esquemas vacinais são elaborados a partir de estudos que demonstram como uma vacina pode proporcionar o máximo de eficácia e proteção contra as doenças imunopreveníveis. Assim, para cada vacina é estabelecido o número de doses, a idade mínima e máxima para receber cada dose, os intervalos ideais entre as doses, as faixas etárias alvo da vacinação e ainda são levados em conta às questões logísticas e operacionais para a realização da vacinação”, explicou.
A técnica lembra também que as doses administradas em intervalos inoportunos ou em quantidade de doses insuficientes podem prejudicar o objetivo do programa de vacinação, uma vez que a proteção coletiva passa a não ser alcançada fazendo com que as doenças que foram eliminadas ou erradicadas possam recrudescer ou mesmo haver deslocamento na ocorrência da doença, passando o seu acometimento do período da infância para o período da adolescência ou adulto jovem.
“A atuação dos gestores das três esferas de governo e dos profissionais de saúde é fundamental na organização das ações da Campanha de Multivacinação, considerando a importância da estratégia para o resgate de não vacinados, onde em um único momento e em um curto intervalo de tempo (duas semanas) são oferecidas à população alvo várias vacinas. Assim melhoramos a cobertura vacinal da população e otimizamos a logística dos serviços de saúde”, destacou Valéria Oliveira.
Informações importantes
A Campanha de Multivacinação (atualização de caderneta de vacinação) é uma intensificação da estratégia de rotina, isso significa que não há uma meta pré-estabelecida de crianças e adolescentes a serem vacinados e de cobertura vacinal a ser alcançada.
Outra informação importante é que as crianças que estiverem com todas as vacinas em dia, não serão vacinadas, já que a campanha é uma ação de vacinação seletiva e não indiscriminada como em anos anteriores.
Contra pólio, devem ser vacinadas crianças entre 6 meses a menores de 5 anos de idade que ainda não tenham completado o esquema vacinal, que consiste em três doses da vacina injetável e mais duas doses de reforço em versão oral, a gotinha.
Algumas vacinas que estarão disponíveis
HPV que deve ser ministrada em 2 doses com intervalo de 6 meses para meninas de 9 a 13 anos.
Poliomielite (injetável) aplicada aos 2, 4 e 6 meses, com duas doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos (ambas de gotinha).
Pneumonia, 2 doses aos 2 e 4 meses e um reforço aos 12 meses.
Meningite, também 2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses.