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Saúde / URGÊNCIA

13 de Junho de 2017 09h37

Maioria que procura atendimento em policlínicas e UPA não é emergencial

Hugo Fernandes

Michel Alvim

Arquivo

A classificação de risco nas quatro policlínicas e duas Unidades de Pronto Atendimentos (UPA) de Cuiabá é a principal ferramenta de acolhimento aos pacientes, para um atendimento humanizado à saúde. Porém, levantamento realizado pela Diretoria de Atenção Secundária, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revela que a maioria (56,7%) das pessoas que procurou as unidades de urgência e emergência no último mês de abril não possuía qualquer risco de morrer.

De acordo com a pesquisa, foram realizados 51.527 atendimentos durante todo o mês. Deste total, 29.242 foram classificados como verde ou azul. Ou seja, são pacientes com quadro não emergencial, que deveriam procurar atendimento nas unidades básicas de saúde. Por se tratarem de ‘portas abertas’, essas unidades fazem o acolhimento, orientando-os a aguardarem os atendimentos prioritários ou procurarem um posto ou centro de saúde mais próximo de suas residências.   

Assim, 19.959 (38,7%) dos pacientes que procuraram neste período as policlínicas do Verdão, Planalto, Coxipó e Pedra 90, bem como as UPA Norte e Sul, foram classificados como vermelho, amarelo, roxo ou preto. Ou seja, realmente corriam riscos eminentes de morrer. Entretanto, a maioria - 26.916 (92,1%) - das pessoas preferiu esperar pelo atendimento, ao passo que apenas 2.326 (7,9%) desistiram e foram redirecionadas às unidades básicas, que funcionam 07h às 11h e 13h às 17h.

“Existem vários fatores que influenciam na decisão de procurar uma policlínica ou UPA. Uma delas é que são unidades que oferecem atendimento 24h. E, com mais de 14 milhões de desempregados no país, muitos trabalhadores escolhem essas unidades com medo de faltar ao emprego e ser demitido. Outro ponto é que a crise econômica levou milhares de pessoas a desistirem dos planos particulares de saúde e isso, atrelado ao desconhecimento da rede de assistência, resultou num aumento de 30% da demanda no Sistema Único de Saúde (SUS), em relação ao ano passado”, observou a diretora da Atenção Secundária, Dúbia Campos.  

Classificação de Risco

Vermelha – Emergência

O paciente deve receber atendimento imediato, pois se trata um caso gravíssimo, com risco de morte eminente.

Amarela – Urgente

Caso grave e risco significativo de evoluir para morte. Nesses casos o paciente é encaminhado ao atendimento com prioridade.

Roxa – Urgente

No caso de pacientes idosos que forem classificados como verde, portará a pulseira de cor verde e a de cor  roxa,  e terá prioridade sobre os demais pacientes de mesma classificação (verde).

Preta – Urgente

Se  o paciente for classificado como amarelo e tem alergia, usará as duas pulseiras (amarela e preta)

Verde - Pouca urgência

O paciente deve ser encaminhado para consulta médica, já que a urgência é menor. E ser reavaliado periodicamente, até o atendimento, Esses são os casos que devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde.

Azul - Não urgente

Casos para atendimento nas unidades de saúde mais próximas da residência do usuário, com horário marcado ou por hora de chegada. Normalmente são direcionados as UBS ou PSF’s, como queixas crônicas, e/ou agudas como resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem pontos, e outros.