Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência / Campanha Abraço Quente
03 de Julho de 2015 16h04
Haitianos recebem doações de cobertores da Assistência Social
Os 72 haitianos que vivem no Centro de Pastoral do Migrante, em Cuiabá, receberam nesta sexta-feira (03) a doação de 100 cobertores arrecadados na campanha Abraço Quente, realizada pela Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano.
O Centro de Pastoral para Migrantes é uma instituição não governamental e foi criada para apoiar o grande número de famílias que migram para o Estado em busca de melhores condições de vida. Atualmente, a instituição é mantida por meio de trabalho voluntário e pela parceria com a secretaria de Assistência Social.
Para o secretário de Assistência Social, José Rodrigues Rocha Júnior, a parceria é importante porque garante o atendimento a vários migrantes, muitas vezes de países vizinhos, e até mesmo a outras pessoas em situação de vulnerabilidade da capital.
“Os registros que temos é que vieram colombianos, bolivianos, chilenos e essa parceria é para auxiliá-los no acolhimento dessas pessoas. Hoje estamos felizes por poder, mais uma vez, reforçar essa parceria deixando aqui 100 cobertores para que eles possam fazer a entrega às pessoas que estejam na pastoral ou àquelas necessitando o atendimento, que eles têm realizado de maneira extremamente relevante para Cuiabá”, afirma.
Além da Pastoral, outras instituições não governamentais, como o Abrigo Bom Jesus, também vão receber as doações que totalizam 2 mil unidades de cobertores. “A nossa condução na Prefeitura de Cuiabá tem sido, a cada dia, de fortalecer as parcerias com instituições não governamentais e fortalecer o trabalho que eles já fazem de maneira voluntária, por vocação e de maneira competente atendendo nossa população, especialmente, as mais vulneráveis e em risco social”, assegura.
De acordo com Fábio Heliodoro, seminarista da Pastoral do Migrante, o apoio da secretaria de Assistência Social tem sido primordial para a manutenção do espaço, que tem capacidade para 100 pessoas. “A Assistência Social nos auxilia muito. Eles nos cedem os funcionários e a secretaria está sempre presente. Quando pedimos alguma coisa, eles fazem o máximo de esforço para nos dar assistência”, pontua.
Fábio lembra que, até antes da Copa do Mundo, a casa acolhia mais brasileiros, mas devido às obras para o evento esportivo e até a realização do mesmo, passou a receber estrangeiros, principalmente, haitianos que hoje representam todos os usuários da casa.
“Com a Copa mais de 50% de moradores na casa eram haitianos, que começaram a chegar e não pararam. A casa é construída para quem necessitar ficar, migrante que chega e não tem parente. Ao chegar, eles fazem uma entrevista com a coordenadora da casa e, por meio dessa entrevista, nós vamos dando o abrigo necessário”, afirma.
O tempo de permanência na casa é de dois meses, durante os quais o abrigado deve arrumar um emprego para ter condições de deixar a unidade. De um total de 72 haitianos, 48 estão desempregados.
Para estas pessoas, a Pastoral do Migrante realiza a mediação entre abrigados e empresários para garantir o encaminhamento ao mercado de trabalho. Além disso, oferece curso de português àqueles que ainda não sabem a língua.
“Ainda temos algumas coisas que podemos melhorar e queremos ampliar ainda mais a parceria com a secretária de Assistência Social, que sempre tem nos ajudado e apoiado com doações e trabalho em prol daqueles que precisam”, diz Fábio.