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25 de Agosto de 2010 11h00

Famílias da comunidade Sucuri são contempladas pelo projeto Peixe Nosso

Sanny Lisboa-Assessoria/PMC

A Prefeitura de Cuiabá conclui esta semana mais vinte tanques de piscicultura do projeto Peixe Nosso, que vão beneficiar pequenos produtores da comunidade Sucuri, na zona rural da Capital. A comunidade Vinte e um de Abril também foi contemplada com 10 tanques. Desde 2008 a Prefeitura tem desenvolvido um trabalho empreendedor nessa área, impulsionando a piscicultura como fonte de renda para as comunidades rurais. Na região do Cinturão Verde, são 106 pequenas propriedades que já receberam o projeto.

O Peixe Nosso iniciou com a seleção das propriedades rurais na região do Cinturão Verde com a realização de levantamentos topográficos, elaboração e legalização do projeto pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico - Smtde, com o apoio da Secretaria Municipal de Meio ambiente - Smades. Além da construção dos tanques, os produtores recebem mil alevinos para dar início ao negócio e acompanhamento técnico.

“Com esse projeto na minha chácara eu consigo renda para sustentar minha família e ainda tenho meu lucro, estou muito satisfeito, dá gosto e prazer de trabalhar assim”, afirma Agostinho Gregório de Almeida de 69 anos, que há 16 anos tem uma pequena propriedade de cinco hectares no Cinturão Verde. Ele foi beneficiado pelo Peixe Nosso há um ano.

A Prefeitura investe cerca de R$5 mil em cada propriedade, com a construção e legalização de viveiros, doação de mil alevinos para cada um, além do fornecimento da ração e ainda o acompanhamento técnico feito por profissionais capacitados na área. Com menos de um ano o produtor já pode comercializar seu peixe e ganhar uma renda extra.

Segundo o presidente da Associação dos Piscicultores de Mato Grosso, Everaldo Goulart, o projeto trouxe muitos benefícios às famílias de pequenos produtores rurais da Baixada Cuiabana. O incremento na renda familiar melhorou a qualidade de vida das famílias que possuem viveiros em suas chácaras. A valorização das propriedades é outro fator positivo. “Uma pequena chácara no Cinturão Verde antes do projeto valia entre R$ 20 a R$ 25 mil. Hoje já vale de R$ 100 a R$ 150 mil”, observa o presidente.

Goulart explica que muitas famílias tinham abandonado suas propriedades por falta de opção de geração de renda, mas com a implantação do Peixe Nosso “as pessoas voltaram a trabalhar em suas terras”. Só na passagem da Semana Santa deste ano os piscicultores do Cinturão Verde venderam cerca de 60 toneladas de peixe produzidos em seus tanques.

Segundo o engenheiro agrônomo do município, Adílio Alves, mais 46 pequenos produtores de quatro comunidades rurais de Cuiabá estão aguardando a construção dos tanques, pois já estão com o processo de licenciamento ambiental concluído.