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Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência / PROGRAMA SIMININA

24 de Setembro de 2024 12h00

FALTA FOTO: O Reino Encantado das Simininas no Pantanal inova com exposição de 450 produções artísticas; Márcia Pinheiro destaca desenvolvimento de cada participante

ELIANA BESS

Reprodução da internet

Arquivo

Aproximadamente 450 produções artísticas, entre pinturas, desenhos e textos sob a perspectiva das Simininas, retrataram o Pantanal. Os trabalhos foram distribuídos em diversos painéis na entrada do Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso, nos dias 21 e 22, durante as apresentações do espetáculo O Reino Encantado das Simininas no Pantanal, com o objetivo de demonstrar as ações culturais desenvolvidas pelas Simininas nas 20 unidades do programa mantido pela Prefeitura de Cuiabá. Além de superar as expectativas dos organizadores, a exposição surpreendeu e emocionou os pais, que procuravam atentamente as obras de autoria de suas filhas.
"O programa é uma fonte de oportunidades para que as meninas desenvolvam todo o potencial que existe em cada uma, respeitando suas individualidades. Cada qual, com suas próprias características, avança, agrega experiências e supera a si mesma. As produções artísticas são uma pequena amostra de tudo o que elas vivenciam em nossas unidades do Siminina, e nos enchem de orgulho ao vê-las evoluir, comprometidas com as atividades. Para qualquer observador, é notável a dedicação e o amor presentes em cada detalhe", destacou a primeira-dama Márcia Pinheiro. Ela relembrou que em 2017, o programa era tímido e ofertado em apenas dez locais. Hoje, são 1,5 mil meninas entre 6 e 14 anos, atendidas em 20 espaços.
Cristiany de Souza da Silva era uma das que buscava o trabalho da Siminina Eloá Cristini, sua neta. "Estava procurando no painel o trabalho com o nome dela e foi muito emocionante ver sua obra exposta. Ver quem, antes, mal sabia manusear o lápis, e hoje desenha coisas lindas. Foi emocionante", declarou.
Na ocasião, Cristiany agradeceu a oportunidade que o projeto oferece às crianças, especialmente na unidade da Chácara dos Pinheiros, onde sua neta frequenta. "O sentimento é de gratidão à primeira-dama Márcia Pinheiro, pelo lindo projeto que ajuda a tirar as meninas das ruas e do foco da modernidade exposta nas redes sociais. O projeto trouxe melhorias, especialmente para minha família. Minha neta melhorou muito, tanto em comportamento quanto nas habilidades que não tinha. A alimentação proporcionada pela dona Márcia Pinheiro também ajudou muito nossa família. Reconheço que as atividades desenvolvidas são muito mais saudáveis", frisou Cristiany.
Entre os pais presentes, estava Jurema Soares da Cruz, do bairro Nova Esperança 1, mãe de Eliza Maria, de 6 anos. Ela testemunhou o que outras mães afirmaram sobre o desenvolvimento das filhas e disse que esperou sua filha completar a idade para poder ingressar no projeto, o que considerou uma excelente decisão. "O projeto chegou na minha vida no melhor momento, porque Eliza estuda de manhã e eu precisava ocupá-la no turno da tarde. Como trabalho, não tinha com quem deixá-la. Foi uma bênção, e ela ainda conseguiu levar outras amigas para o projeto, motivando-as. Ela se animou muito com o balé, a aula de reforço, e já disseram que vão chegar mais atividades, como já tem em outras unidades. Com as atividades, ela ficou mais obediente e melhorou muito no dia a dia. O projeto orienta bastante. Mas nada supera esse momento mágico na vida delas, o da apresentação. Acho que fiquei mais ansiosa que ela. Agora vou procurar o trabalho dela no painel, meu filho vai me ajudar a encontrar", relatou.
Para a psicóloga educacional Emanuelle Souza, que integra a equipe técnica juntamente com 60 monitoras, costureiras e demais profissionais, num total estimado de 150 pessoas envolvidas direta ou indiretamente no evento, uma das particularidades do Programa Siminina é a preocupação com a educação das crianças. Os painéis foram uma maneira de mostrar o aprendizado, o crescimento cultural e intelectual das meninas. Como o Pantanal foi o tema do espetáculo, a proposta foi ampliar o entendimento e a vivência, indo além das músicas dançadas. "Muitas das Simininas nunca foram ao Pantanal, então queríamos que, ao menos, entendessem a fauna, a flora, a comunidade que ali habita e usassem a imaginação para exemplificar as produções, explorando a compreensão do contexto. A cada dança, elas puderam incorporar e interpretar aquilo que estavam representando. O resultado foi uma exposição com aproximadamente 450 produções. Temos cerca de 1,5 mil  meninas no programa, mas alguns trabalhos foram feitos em dupla ou em grupo, pincelando um pouquinho de cada uma. É muito lindo ver que, ao passar entre os trabalhos, você percebe que cada uma colocou o que realmente entendeu e conseguiu transmitir. Superaram nossas expectativas; as pinturas e as produções textuais foram muito ricas, e para nós é uma grande realização", frisou a psicóloga.