Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência /
29 de Junho de 2012 08h56
Estudantes recebem certificados em curso de almoxarifado
Treze estudantes, entre surdos e ouvintes, concluíram o curso de Almoxarifado com ênfase em serviços gerais ofertado pela Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH) de Cuiabá em parceria com o Instituto dos Cegos e Associação dos Surdos de Mato Grosso. A solenidade de entrega de diplomas foi realizada na quinta-feira (28/06), na sede do Centro de Atendimento ao Deficiente Auditivo (CEADA).
“A inclusão dos surdos é um processo muito difícil, um verdadeiro desafio, em especial devido à baixa escolaridade desse público. Por isso formações como essa são de grande importância para mudar esse cenário”, pontuou o diretor do Núcleo de Atendimento ao Portador de Deficiência da Assistência Social, Luiz Grassi.
Sobre o contínuo trabalho de inclusão realizado pela Assistência Social, ele destacou que houve a contratação de uma intérprete para auxiliar no atendimento as demandas do CEADA. “Essa era uma antiga reivindicação. Muitos necessitam de encaminhamento para saúde, emissão de documentos, e esse profissional foi contratado com essa finalidade”.
De acordo com a coordenadora de Proteção Social Básica, Ariane Baena, a Secretaria estuda a possibilidade de realização de cursos para atendimento dessa demanda específica por meio do Programa Nacional de Acesso ao Emprego (Pronatec). “Já estamos avaliando com nossos parceiros do Sistema S, quais são os cursos que podem ser disponibilizados. Atuamos pautados na promoção da cidadania”.
Ética profissional, relações interpessoais e cidadania foram assuntos que permearam as discussões durante o curso. “O que eu aprendi aqui terei para sempre e não só no ambiente de trabalho. Gostei muito de ter a chance e quero dar continuidade, me aperfeiçoar”, citou Kátia Maria de Arruda, 36 anos.
Para a especialista em educação, Rosicleide Capriata, o processo de inclusão já obteve avanços significativos, mas ainda são muitas as vertentes que merecem investimentos. “Por isso defendo que os investimentos sejam maciços na inclusão escolar e também na oferta de cursos de qualificação”.