/ HUMANIZAÇÃO
29 de Dezembro de 2022 17h32
Equipes do Programa Melhor em Casa e voluntários entregam cestas básicas ao som de serenatas para pacientes desospitalizados
Na semana do Natal, 30 famílias que cuidam de pacientes desospitalizados e recebem atendimento da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) foram acolhidas também com cestas básicas. A iniciativa mobilizou os profissionais que fazem o acompanhamento desses pacientes e voluntários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A entrega dos produtos aconteceu de 19 a 23 de dezembro com serenata de louvores, fator que deixou a ação mais emocionante, em se tratando de época natalina.
“São famílias que enfrentam dificuldades na lida diária com o paciente e as condições financeiras ficam ainda mais difíceis quando estes são os provedores da casa. Ou então, os que eram provedores precisaram deixar de trabalhar para cuidar do familiar acamado. Em meio a esse contexto, imagina a alegria de quem tem muito pouco ou nada para se alimentar ao receber uma cesta básica? É um alento para eles e muitos se emocionam”, declarou a coordenadora do Programa Melhor em Casa, Joelma Toledo.
No momento, são 85 pacientes acompanhados pelo EMAD com visitas três vezes na semana, e idades que variam entre 5 e mais de 90 anos. No entanto, o número de atendidos oscila, considerando os que melhoram ou novos assistidos, que saem do hospital. “Somos a ponte entre a Rede de Atenção à Saúde (RAS) no trabalho de desospitalização. São pacientes que recebem alta hospitalar, mas que necessitam de um atendimento humanizado em casa. Com o passar do tempo, conforme melhoram, recebem alta também do EMAD. São pacientes transitórios”, explicou Joelma.
Em gesto de gratidão pelo atendimento recebido, muitas famílias que não dependem mais do EMAD se juntam aos profissionais para melhorar a condição das outras pessoas. Nas datas comemorativas, a exemplo do Natal, fazem questão de contribuir com cestas básicas, fraldas e até mesmo suplementos alimentares para os que estão em tratamento.
Independente do Natal, todos os meses as famílias com mais dificuldades financeiras recebem ajuda. “Nos colocamos no lutar deles, na situação. E, se a alimentação do paciente não é boa, não temos o resultado esperado. A deficiência alimentar gera outras complicações, como a cicatrização que demora mais, a musculatura que não se fortalece para o restabelecimento do paciente, a imunidade baixa debilitando ainda mais a saúde do paciente. Enfim, não é só um trabalho com a saúde desse paciente, isso é nossa responsabilidade, somos pagos para isso. Portanto, cuidar da saúde não é nenhum favor. Mas esse ato de humanidade pelo outro é muito mais, é amor”, frisou Joelma.
CUIDADO INDIVIDUAL
Para cada paciente é elaborado um Plano Terapêutico Singular, após ser discutido com os profissionais da equipe formada por diferentes especialidades: fonoaudiólogo, fisioterapeuta, médico, enfermeiro, nutricionista, técnico bucal.
O plano pode ser alterado no decorrer das visitas, pois as mudanças são demonstradas pelo paciente e avaliadas.
Há pacientes paliativos sob cuidados do EMAD. Ou seja, aqueles que estão em fase terminal, quando a medicina não tem mais o que fazer. Nesses casos, a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar age para assegurar a qualidade de vida do paciente.