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12 de Janeiro de 2023 15h23

Equipes do Programa Melhor em Casa atendem atualmente 70 famílias com pacientes em processo de desospitalização

Eliana Bess

Em Cuiabá, 70 famílias estão com paciente em fase de desospitalização e contam com os cuidados da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).  O acompanhamento do EMAD, priorizada pela gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, consiste em atendimento domiciliar realizado semanalmente e quantas vezes o caso requer,  por profissionais de diferentes áreas.  Os assistidos pela iniciativa são pacientes com idade que varia entre 5 e mais de 90 anos, com situação de saúde complexa e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção para ir até uma unidade de atendimento.  Para melhor atendê-los, em outubro do não passado o prefeito Emanuel Pinheiro entregou através da SMS seis novas vans para uso das equipes de atenção multiprofissional (EMAD) e equipes de apoio (EMAP), responsáveis pelo Programa.

O número de atendidos, no entanto,  oscila, considerando os que melhoram ou novos assistidos que chegam, por deixarem o hospital. “Somos a ponte entre a Rede de Atenção à Saúde (RAS) no trabalho de desospitalização, pois recebem alta hospitalar, mas que ainda necessitam de um atendimento humanizado em casa. Com o passar do tempo, conforme melhoram, eles recebem alta também do EMAD. São pacientes transitórios”, explicou  a coordenadora do Programa Melhor em Casa, Joelma Toledo.

São seis equipes do EMAD atuando nesse trabalho, de atendimento individualizado. Para cada paciente é elaborado um Plano Terapêutico Singular, após ser discutido com os profissionais da equipe formada por diferentes especialidades: enfermeiro, fisioterapeuta, técnico de enfermagem, médico e motorista  e equipe de apoio (EMAPs) composta por assistentes sociais, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, farmacêutico e fonoaudiólogo que dão suporte as equipes básicas.  O plano pode ser alterado no decorrer das visitas, pois as mudanças são demonstradas pelo paciente e avaliadas pelos profissionais envolvidos.

Há casos de pacientes paliativos sob cuidados do EMAD. Ou seja, aqueles que estão em fase terminal, quando a medicina não tem mais o que fazer. Nesses casos, a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar age para assegurar a qualidade de vida do paciente.

Além de dispensar toda a atenção necessária, as equipes se mobilizam também para amenizar as necessidades das famílias que mais precisam. Muitas delas, além das dificuldades na lida diária com o paciente, enfrentam as limitações financeiras, especialmente quando estes são os provedores da casa. Ou então, os que eram provedores precisaram deixar de trabalhar para cuidar do familiar acamado. Entendendo a situação,  muitas famílias que já passaram pelos cuidados do EMAD, também se mobilizam e ajudam as equipes a aliviar a situação dessas pessoas, em gesto de gratidão pelos atendimentos recebidos.

 “Em meio a esse contexto, imagina a alegria de quem tem muito pouco ou nada para se alimentar ao receber uma cesta básica? É um alento para eles e muitos se emocionam”, declarou Joelma Toledo, ao relatar a última entrega feita na semana do Natal, quando foi distribuído cestas básicas.

Na ocasião, a iniciativa mobilizou os profissionais que fazem o acompanhamento desses pacientes e voluntários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A entrega dos produtos aconteceu de 19 a 23 de dezembro com serenata de louvores, fator que deixou a ação mais emocionante, em se tratando de época natalina.

Assim como no Natal, outras datas comemorativas também são trabalhadas com doações, como cestas básicas, fraldas e até mesmo suplementos alimentares para os que estão em tratamento. “Todos os meses as famílias com mais dificuldades financeiras recebem ajuda.  Nos colocamos no lutar deles, na situação. E, se a alimentação do paciente não é boa, não temos o resultado esperado. A deficiência alimentar gera outras complicações, como a cicatrização que demora mais, a musculatura que não se fortalece para o restabelecimento do paciente, a imunidade baixa debilitando ainda mais a saúde do paciente. Enfim, não é só um trabalho com a saúde desse paciente, isso é nossa responsabilidade, somos pagos para isso. Portanto, cuidar da saúde não é nenhum favor. Mas esse ato de humanidade pelo outro é muito mais, é amor”, frisou Joelma.