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31 de Janeiro de 2011 15h45
Engenheiro em segurança do trabalho da Sanecap profere palestra no HGU
O engenheiro de Segurança do Trabalho da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Homar Capistrano, proferiu palestra na última sexta-feira (28-01) sobre “Medidas de controle de risco elétrico” para funcionários do Hospital Geral Universitário (HGU). A iniciativa é uma parceira firmada entre o setor de Segurança do Trabalho da Sanecap e aquela instituição de saúde, que está agendando um curso de primeiros socorros para os colaboradores da Companhia.
A palestra foi baseada em dados do curso de Segurança em Instalações e Serviços Elétricos, que tem como base a Norma Regulamentadora - NR 10 de 2005, que dispõe sobre as diretrizes básicas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. “A norma é bem rígida e está cada vez mais exigente, mas isso é para assegurar a vida do trabalhador”, ressaltou Homar Capistrano.
De acordo com Capistrano, que é engenheiro eletricista, especialista em Segurança do Trabalho, a eletricidade se torna perigosa, principalmente, porque não tem cheiro, nem cor, porém, mata. “Basta algum deslize e em questão de segundos pode acontecer um acidente fatal. Por isso, mesmo com todo cuidado tomado pelo trabalhador, ainda será pouco”, observou o engenheiro, acrescentando que excesso de confiança e pressa podem ser fatais na hora de realizar um serviço. “Medo é um meio natural de segurança, pois quem não tem medo, não se protege”.
O engenheiro ressaltou que em relação à alta tensão o risco de acidente é extremamente elevado durante a execução de um serviço. Neste caso é importante o trabalhador estar sempre acompanhado de outra pessoa ou em grupo. “Quando tiver receio de alguma coisa peça ajuda a alguém”, orientou o Homar Capistrano, acrescentando que quando alguém levar um choque é importante avisar ou procurar o setor médico e de segurança no trabalho, pois a corrente elétrica que passou pela pessoa pode ter causado alguma hemorragia interna e comprometido algum órgão e queimado os tecidos.
Outro ponto destacado pelo palestrante é que quando o trabalhador for executar qualquer serviço é imprescindível contar com medidas de controle e de proteção individual, ou seja, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como capacete, óculos, luvas, vestimenta, protetor facial, protetor auricular, sapato de segurança, cinto de segurança com talabarte, braçadeiras ou mangas de segurança.
No entanto, segundo o engenheiro, mais importante que o uso dos EPIs são as medidas de segurança que devem ser tomadas, pois o EPIs servem apenas para amenizar os acidentes, mas não para evitá-los. “O que evita são os cuidados”. Capistrano lembra ainda, que para trabalhar com eletricidade a pessoa deve ter também noções de combate a incêndio e primeiros socorros.
Finalizando a palestra, Homar Capistrano observou que a lei da norma de segurança no trabalho tem uma dica importante para quem não preocupa em se proteger. “É pensar em quem espera e precisa de você em casa, como a família (filhos, esposa e mãe)”.
Outra coisa que também é relevante destacar, conforme colocou o engenheiro, é que o mais importante nesse processo é a vida do trabalhador. “Muitas vezes o empregador quer exigir que o funcionário faça um serviço que não tenha a segurança necessária. Não pense duas vezes
Para a enfermeira do trabalho do HGU, Veraneide Pio Leandro, que intermediou a palestra, a parceria entre o hospital e a Sanecap significa troca de experiências. “Mesmo sendo empresas com realidades de trabalho diferentes, a segurança do trabalhador é a mesma e deve ser colocada em primeiro lugar”, disse a enfermeira, destacando que a presença de Homar Capistrano na palestra foi uma grande oportunidade de capacitar os colaboradores, uma vez que o engenheiro é especialista no assunto e tem subsídio para passar aos outros profissionais.