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12 de Abril de 2011 16h55

Energia limpa é uma alternativa que poderá funcionar na Lagoa Encantada

Neila Barreto/Sanecap

“Uma possibilidade que podemos pensar para o futuro é a realização de uma pareceria com as universidades para o desenvolvimento de estudos sobre as formas e alternativas de energia limpa, como a solar e a eólica, a fim de serem implantadas aqui no Centro de Referência do Reuso da Lagoa (CRRA), na Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Lagoa, da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), destacou Neli Assunção, coordenadora do CRRA.

O engenheiro eletricista Rodrigo dos Santos Junges lembrou que "na ETE – Lagoa Encantada posso contribuir com o projeto CRRA ou com outras pesquisas tais como, a energia verde, a autosustentabilidade e, também, trabalhar no dispositivo da máquina de lavar roupa utilizada no curso de reuso da água, para separar a água do segundo enxágüe. Outra alternativa é aplicar a pesquisa na casa sustentável, a casa de dona Elza, onde o projeto está sendo desenvolvido".

Para Junges, cada residência deve gerar a sua própria energia elétrica. O grande objetivo é desenvolver um sistema que vai gerenciar a co-geração da energia no próprio local de utilização. Essa é a minha pesquisa, o “Sistema de Controle da Energia Solar Distribuída – o Smartgrid (rede inteligente)" que está sendo desenvolvida no mestrado na Universidade Nacional de Brasília (UNB), no Distrito Federal,

"A energia verde é uma ciência multidisciplinar e envolve várias disciplinas e, junto com isso, temos a automação, a eletrônica, os quais viabilizam e tornam mais baratas essas automações, em relação ao custo de energia elétrica. A própria comunidade pode estar envolvida no controle de energia", ponderou Junges.

Segundo Rodrigo Junges, a engenharia tem todos os recursos possíveis para criar a energia limpa, inclusive, utilizando a multidisciplinaridade para se criar soluções práticas e baratas para a comunidade, cuja tecnologia vem de encontro aos projetos do CRRA e da comunidade envolvida nos processos de aprendizagens. "Ferramenta temos muita, falta apenas a criatividade dos profissionais para criar soluções limpas", concluiu Junges.

Neli Assunção salienta que várias pesquisas contribuirão para o CRRA, principalmente após a conclusão das obras dos laboratórios. Os trabalhos realizados no laboratório vão abranger os bairros CPA II, III, IV e Novo Mato Grosso, beneficiando uma população estimada em torno de 58.937 habitantes e funcionará como uma Estação Escola de aprendizagens e ensino, dando oportunidades aos estudantes desde o ensino fundamental ao superior na participação de aulas práticas, anunciou Assunção.

No laboratório vai funcionar um CPD (centro de processamento de dados), uma sala de informática, uma biblioteca, um laboratório físico-químico e um microbiológico. “Receberemos aqui alunos para estágios. Teremos também a sala de informática, que será uma forma de inclusão social. Receberemos alunos dos colégios da região, moradores da comunidade, que participarão de cursos de informática, bem como terão acesso à internet. Além disso, receberemos escolas que irão ensinar os alunos sobre tratamento de esgoto, realizar aulas práticas, entre outras possibilidades. Um grande desafio que nós temos é de trazer a comunidade para o CRRA. As escolas do entorno da lagoa aderiram ao projeto, porque normalmente as escolas não possuem um espaço adequado, e aqui nós podemos oferecer esse espaço, bem como o auditório”, ressaltou Assunção.

O projeto CRRA também possui outras etapas que estão em fase de conclusão, como por exemplo, o sistema do reuso da água. Há ainda, o sistema de tratamento por meio das Lagoas. Também será reativada uma elevatória, que vai captar a água da Lagoa, encaminhar a um reservatório metálico elevado de 30 m³, que através de um sistema de bombeamento será feita toda a irrigação das gramíneas em torno do auditório, do laboratório e das mudas do viveiro, finalizou ela.

O CRRA é desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento de Programas (Idep), Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), patrocinado com recursos da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.

 

Mais informações:
9288-7720