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Referência em saúde de todo o Estado, o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) foram vistoriados pelas Comissões de Saúde e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta quinta-feira (06). Na visita, os deputados estaduais Alan Kardec (PT), Leonardo Albuquerque (PSD) e Jajah Neves (PSDB) destacaram a necessidade do fortalecimento da rede assistencial e do financiamento da saúde tanto no interior, quanto na Capital.  

Diante dos constantes atrasos nos repasses da saúde para os municípios, centenas de pacientes são transferidas diariamente para a Capital em busca de atendimento especializado, frente à falta de estrutura adequada. Para se ter uma ideia, a unidade operou em capacidade plena nesta quinta-feira, estando todos os 279 leitos ocupados, enquanto 120 pacientes recebem atendimento nos corredores.

Para o presidente da Comissão de Saúde, Dr. Leonardo, é necessário unir esforços em busca de uma solução a médio e longo prazos para a saúde. “Cuiabá é a única capital do Brasil que não possui um Hospital Estadual. Com a falta de resolução no interior, os pacientes acabam vindo para cá e, consequentemente, superlotando a unidade. A falta de políticas públicas de urgência e emergência em Mato Grosso vem de décadas. Esse problema não é de agora”.

Já Alan Kardec ressaltou a necessidade da transversalidade das ações, estruturando o sistema de forma a impactar positivamente no número de pacientes. “Este é um assunto que precisa ser discutido com a Secretaria de Mobilidade Urbana, de Comunicação Social e outras pastas que têm um papel importante no desenvolvimento de ações educativas. A maioria dos pacientes do Pronto Socorro de Cuiabá é vítima de acidente de trânsito, especialmente de motocicleta. Portanto, precisamos pensar de forma holística”.  

Ao membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, Jajah Neves, a secretária adjunta de Saúde de Cuiabá, Maria Salete Ribeiro, ressaltou sobre a necessidade de a sociedade abraçar o Pronto Socorro. “Os deputados e a Assembleia são parceiros fundamentais para o Município. A presença da Comissão dos Direitos Humanos também. Afinal, quando vemos um paciente sendo tratado numa cadeira no corredor, é preciso considerar que somos a única unidade porta aberta e que acolhe a todos. Seria muito pior se esses pacientes ficassem na rua. Isso seria totalmente desumano”.