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Educação / Consciência Negra

07 de Novembro de 2014 09h27

Educadores trabalham enfrentamento ao preconceito racial nas escolas

ROSANE BRANDÃO

Jorge Pinho

Arquivo

No mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, profissionais da rede municipal de educação participaram de formação continuada para trabalhar o enfrentamento ao preconceito e a discriminação racial nas unidades de ensino. A formação faz parte do seminário “A Cor da Cultura Cuiabá”, promovido na terça e quarta-feira (4 e 5) para 200 professores.

A realização do seminário é uma parceria da Secretaria Municipal de Educação com a Fundação Roberto Marinho, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

O tema do seminário foi a “Lei 10.639 de 2003 e as possibilidades de uma educação antirracista”. 

Segundo a secretária-adjunta de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, após a revogação da lei, as escolas municipais começaram a trabalhar a temática de forma mais intensa, e o trabalho vem sendo fortalecido desde então. “Implantamos a política educacional de estudo da cultura afro-brasileira nas nossas escolas e queremos ampliar ainda mais esse trabalho. São ações em prol do respeito às relações raciais e a todas as etnias que fazem parte da nossa sociedade”, disse Marioneide.

Representando a Fundação Roberto Marinho, Luana Dias explicou que o projeto é realizado em vários estados brasileiros, onde serão selecionadas algumas escolas que se destacaram com as boas práticas acerca da temática. Esses trabalhos serão incluídos no caderno de estudos, que será distribuído em todo o país. “O principal objetivo do projeto é trabalhar o racismo e o preconceito nas escolas. O projeto oferece formação para os professores e kits com material pedagógico que serão trabalhados com os alunos”, disse Luana Dias.

A coordenadora-geral de Educação para as Relações Étnico-raciais da Secadi, Ilma Jesus, explicou que o projeto A Cor da Cultura foi construído por intelectuais e representantes de movimentos negros de todo o país e visa acabar com qualquer atitude preconceituosa. “A Lei possibilita debater e trazer para a sala de aula várias discussões acerca do racismo”.

As escolas que tiveram destaques em seus projetos voltados para a temática apresentaram suas experiências. Uma delas foi a escola Raimundo Pombo, com o projeto Pombo África, trabalhado interdisciplinarmente. “Trabalhamos várias atividades com os alunos para disseminar a cultura negra e o respeito ao próximo. A dança e o artesanato da cultura africana estão entre essas atividades”, disse a professora Isabel Farias. 

As escolas municipais Tereza Lobo, Floriano Bocheneki e Celina Fialho também tiveram projetos com a temática e fizeram relatos de suas experiências exitosas.