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Encontros realizados desta terça-feira (11-09) até a próxima sexta-feira, com educadores da capital, avaliarão o projeto a Cor da Cultura, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SME) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), Petrobras, Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), TV Globo e Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura.

A Cor da Cultura tem como objetivo colaborar para a valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro e ampliação educativa das relações étnico-raciais de crianças, jovens e educadores, disseminando conteúdos teóricos e práticos sobre o tema, através de programas televisivos a serem exibidos em todo o país e do uso sistemático dessa programação em ações educativas, com distribuição de kits pedagógicos e capacitação de educadores de escolas públicas.

Hoje pela manhã, avaliadores da Innova, empresa especializada trabalhos de pesquisa e assessoria na área de educação e que presta serviço à Fundação Roberto Marinho, realizaram uma entrevista com professores e coordenadores de escolas para a troca de experiências sobre o programa na rede de ensino da capital. “O importante dessa avaliação é olhar externo àqueles que desenvolvem as ações. O que queremos é um panorama um pouco mais completo da realidade que temos aqui no sistema de ensino municipal de Cuiabá”, explicou o avaliador Alexandre Aguiar.

Segundo a também pesquisadora da entidade, Mônica Sacramento, o município tem uma experiência exitosa na implementação do A Cor da Cultura ao agregar ao apresentar alguns aspectos de contribuem para a sustentabilidade do projeto, como características locais. “Na primeira avaliação realizada aqui, Cuiabá revelou uma boa prática. Agora, com as ações dos replicadores das formações, vamos verificar se houve aprofundamento e avanços nesse trabalho”.  

De acordo com a assessora pedagógica e responsável pelo programa na SME, Carmem Cinira Siqueira, a iniciativa tem como objetivo fundamental efetivar a lei 10.639/2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. “Nossa rede tem outras iniciativas no que se refere à educação e diversidade cultural, como é o caso do Projeto Abraço. Mas A Cor da Cultura traz um material pedagógico e didático de muita qualidade e que tem contribuído para a melhoria da prática do professor”, observou.

Na escola municipal Quintino Pereira de Freitas, no bairro Canjica, essa temática está presente no projeto pedagógico e trabalha questões relacionadas à identidade cultural, história, geografia, alimentação saudável e questões ambientais. “No último bimestre realizamos a Festa da Diversidade, que é a culminância de todas as ações do ano e é tradição na escola”, relatou a coordenadora pedagógica da unidade, Antônia Corsina.                                               

Amanhã (12-09) o grupo estará concentrado na escola Floriano Bocheneki, no bairro Parque Atalaia, das 13h30 às 17h30.

De 12 a 14 de setembro também será realizada uma exposição de fotos sobre a história de vida de João Cândido, o marinheiro negro, na escola Floriano Bocheneki. A mostra é organizada e cedida pelo banco do Brasil e é aberta a toda a comunidade escolar.