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Este sábado (24) será o dia D da campanha de multivacinação cujo foco é a atualização do cartão de vacinação. A mobilização nacional tem como objetivo conscientizar pais e responsáveis a fim de garantir que todas as crianças menores de 5 anos de idade ou entre 9 e 14 anos recebam as vacinas em atraso. A campanha teve inicio no dia 19 e prossegue até o dia 30. Em Cuiabá a campanha mobiliza 600 profissionais da saúde em 63 unidades da Estratégia de Saúde da Família (PSF’s) e 21 Centros de Saúde.

Nos primeiros dias da campanha de multivacinação na capital, por conta da remessa por parte do Ministério da Saúde de um quantitativo menor das vacinas BCG e Tríplice Viral, foram verificados contratempos em alguns postos de vacinação, já solucionados pela Secretaria de Saúde.

A responsável técnica (RT), da Gerência de Imunização da Vigilância em Saúde, Valéria de Oliveira, explicou que as vacinas BCG , que tem validade de 6 horas e tríplice viral, com validade de 8 horas, após a abertura dos frascos, estão sendo agendadas nas unidades de saúde. “Precisamos fazer o agendamento para a otimização dessas vacinas  que são disponibilizadas em frascos de multidoses”, explicou.

Segundo a coordenadora, com essa estratégia a Secretaria de Saúde de Cuiabá está garantindo o quantitativo dessas vacinas para o dia D de mobilização, quando a procura nos postos deve ser maior.

Na próxima semana as unidades continuarão com o agendamento do mesmo modo que já vinham fazendo antes da campanha. A febre amarela também estava sendo agendada pelas unidades, mas a Vigilância em Saúde conseguiu mais doses com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e, para a campanha, haverá quantidade suficiente de doses.   

A população deve procurar as unidades próximas a sua casa para confirmar os dias de aplicação dessas vacinas. Qualquer dúvida, a Secretaria de Saúde esta disponibilizando o número 3617 7309, para qualquer esclarecimento.

A campanha

Neste ano, a campanha de multivacinação para atualização da caderneta de vacina é voltada para crianças (menores de cinco anos e de nove anos) e adolescentes (entre 10 e 15 anos incompletos). Portanto, devem comparecer aos postos todas as crianças e adolescentes nessas faixas etárias, para que seja possível identificar quais doses estão em atraso ou ter o esquema vacinal iniciado.

Estão sendo disponibilizadas as vacinas do calendário da criança e do adolescente, como BCG, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, HPV, entre outras.

Com a campanha de vacinação a expectativa é de que sejam reduzidos os casos de doenças imunopreveníveis e o abandono à vacinação. Como a vacinação esta sendo feita de forma seletiva para a população alvo, não há meta a ser alcançada.

Mudanças no calendário de vacinação

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde promoveu alterações no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente.

Essas mudanças e alterações acontecem de forma rotineira e periódica, em  função de mudanças na situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas.

Assim o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha).

Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de erradicação mundial da pólio. Essa  substituição não prejudica a proteção das crianças, que já ficam imunizadas com as três doses injetáveis.

Em relação à vacina HPV, o esquema vacinal passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

Também teve mudanças no reforço da Meningocócica que anteriormente era administrado aos 15 meses, e agora passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

A Pneumocócica 10 valente teve redução de uma dose e passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

(Com informações do Ministério da Saúde)