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Saúde / Combate ao mosquito

16 de Dezembro de 2015 17h01

Cuiabá tem primeiro de caso de febre chikungunya confirmado

MARIA BARBANT

Marcos Vergueiro

Arquivo

A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, Doenças e Agravos (Covida), da Vigilância em Saúde de Cuiabá confirmou nesta quarta-feira (16) o primeiro caso de febre  Chikungunya autóctone (quando a doença é contraída dentro do município). Segundo o coordenador da Covida, Fernão Leme Franco, o   rapaz, de 27 anos, mora no Parque Cuiabá, está assintomático e a confirmação veio após exame laboratorial. O caso já foi comunicado à Coordenadoria do Centro de Controle de Zoonoses.

Com relação à Zika e microcefalia, quatro crianças e uma gestante estão sob investigação, aguardando coleta e resultados de exames laboratoriais.

A febre chikungunya, assim como a dengue e a zika, é transmitida pelo mosquito
Aedes aegypti.

A febre chikungunya é uma doença causada pelo vírus CHIKV, da família togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comum, pelo mosquito Aedes albopictus.

Seus sintomas são semelhantes aos da Dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

“O vírus CHIKV pode causar sintomatologia por até cinco anos, podendo ocasionar crises recorrentes e isso implica afastamento das atividades, entre elas as laborais, além de atralgia (dor nas articulações) muito intensa. Em Cuiabá, é bom alertar a população, já temos casos confirmados de Zika havendo o risco das gestantes contraírem o vírus que causa alteração no bebe como a microcefalia, além de não haver impedimento de se contrair ao mesmo tempo as duas ou até mesmo as três doenças”, alertou Fernão Leme.

Números

Segundo dados divulgados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVIS), na semana passada, sobre a dengue no período de 20 de novembro a 05 de dezembro, no bairro Parque Cuiabá foram notificados até a data de 08 de dezembro, 53 casos da dengue.

Em Cuiabá, os bairros com maiores índices de notificações, nesse período foram o Pedra 90 (223 casos), Santa Isabel (154), Cidade Alta (71), Dom Aquino (87) e Dr. Fábio (56).

A coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandra Carvalho, disse que neste momento, diante da confirmação do caso, o bloqueio vetorial na região do Parque Cuiabá não é o mais recomendado.

“Continuaremos a fazer o trabalho de rotina de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, orientando a população em relação à limpeza dos seus quintais e os cuidados com as caixas de água no baixo. É importante  não deixar acumular o lixo da dengue, que são os pneus vazios, tampinhas, pratos de plantas, plásticos, e outros”, explicou Alessandra Carvalho.

Ação

Nesta segunda e terça-feira (14 e 15) a Secretaria de Saúde de Cuiabá em parceria com órgãos municipais e estaduais, realizaram uma grande mobilização na região do Pedra 90. Com o auxílio de um drone, foram monitorados na região, numa área de 465 hectares, 1.500 prováveis criadouros do mosquito. Desses, 101 foram considerados mais críticos. Os agentes de combate a endemias continuam o trabalho na região.

De acordo com um levantamento preliminar a meta de 10.200 unidades a serem visitadas no bairro e entorno foi atingida. O trabalho na região continua com o recolhimento do lixo da dengue, orientação aos moradores e encaminhamento das informações a outros órgãos como a Secretaria de Ordem Pública, para notificação e multas aos casos cabíveis.

 

 

 

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