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22 de Fevereiro de 2011 16h25

Cuiabá pode ganhar prédio da antiga Cadeia Pública para projetos socioculturais

Raoni Ricci-Assessoria de Imprensa

Indicação do deputado Guilherme Maluf sugere a doação do prédio ao município de Cuiabá

 

Muito rica nos aspectos históricos e culturais, Cuiabá pode receber do Governo do Estado a doação do prédio da antiga Cadeia Pública para a construção de um grande Centro de Cultura Cuiabana. A proposta foi elaborada entre o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) e o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU) da Capital e encaminhada, via indicação ao pleno da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, na última quarta-feira (16-02).

Conforme detalhou Maluf, a idéia é utilizar a estrutura física, que preserva elementos e características neoclássicas do período colonial e faz parte da história da cidade, para a construção do Centro de Cultura Cuiabana. O autor do projeto justifica também que no local serão oferecidos cursos como artesanato e culinária tradicional, difundindo a cultura e a história do município.

“O prédio da antiga Cadeia Pública faz parte da nossa história, está em um ponto tradicional da nossa cidade. Hoje não se desenvolve nenhum tipo de atividade no local e por isso pensamos nesse grande projeto do Centro de Cultura Cuiabana. O objetivo é realizar cursos de artesanato, culinária, música e outras atividades que promovam a história do nosso povo e também ajude a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos mais carentes”, disse o Guilherme.

O parlamentar lembrou que em Cuiabá não existe nenhuma estrutura adequada que consiga unir a busca por resultados sociais e culturas simultaneamente como o prédio objeto da indicação.

A velha Cadeia Pública está localizada na Rua Joaquim Murtinho, em uma das áreas de ocupação mais antigas do município, sendo talvez a única edificação anterior ao século XX com alicerce de pedra canga. O prédio preserva características neoclássicas com um pórtico na entrada e um frontão triangular, além de uma cobertura com elementos coloniais e paredes feitas de adobe.

Sua construção foi demorada em função da falta de materiais na época, tendo levado quatro anos para ser concluído, em dezembro de 1862. Quando foi inaugurado, já abrigava 45 presos, sendo oito mulheres. Situada no largo da Matriz, já não oferecia segurança por estar no centro da cidade.

A edificação ainda possui grades metálicas similares às originais em todas as janelas externas. No seu pátio central um paisagismo agradável, com várias palmeiras imperiais. O prédio foi tombado pelo Estado em 1984.  (Com informações do IPDU)