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30 de Setembro de 2010 09h30

Cuiabá implanta programa de Atenção Integral a Saúde do Homem

Ana Paula Soares/Assessoria-SMS

A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem, projeto lançado em agosto de 2008 pelo Ministério da Saúde (MS), foi tema de palestra na última sexta-feira, dia 24-09, no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). A iniciativa é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que na atual gestão irá implantar o programa em toda a rede municipal.

O seminário foi apresentado pelo coordenador técnico de Saúde do Homem,  Baldur Schubert, que teve como público mais de duzentos profissionais da área. O objetivo, segundo o palestrante, é criar uma rede de prevenção e atenção à saúde dessa parcela da população.


O estudo apresentado no evento considerou que, por motivos culturais, os homens têm mais resistência a procurarem cuidados médicos e a terem atitudes preventivas com relação a problemas de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, a população masculina geralmente procura os serviços de saúde por meio da atenção especializada, já com o problema de saúde detectado e em estágio de evolução.
 

“Na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a doença está mais avançada. Assim, em vez de serem atendidos no posto de saúde, perto de sua casa, eles precisam procurar um especialista, o que gera maior custo para o SUS e, sobretudo, sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família”, enfatizou  Baldur.

 

Eles vivem menos
 

No Brasil, conforme destacou o coordenador, violência e acidentes de trânsito são responsáveis por 41% das mortes na faixa etária entre 20 e 24 anos. A não-adesão às medidas de saúde integral por parte dos homens leva ao aumento da incidência de doenças e de mortalidade.
 

Números do Ministério da Saúde mostram que, do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos – população alvo da nova política -, 68% foram de homens. Ou seja, a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são homens, aproximadamente. Os últimos dados de óbitos consideram o ano de 2005.
 

Além disso, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92 anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres.
 

Na América Latina, o Brasil desponta como pioneiro nessa ação. Em todo o mundo, só três países tomaram a decisão de programar políticas focadas na prevenção e promoção à saúde masculina: Brasil, Austrália e Irlanda.

 

Mais informações:
3617-7379