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Mobilidade Urbana /

10 de Novembro de 2010 08h05

Cuiabá e VG definem novas tarifas no transporte coletivo

João Carlos Queiroz/PMC

A partir da zero hora do dia 14.11, Cuiabá e Várzea Grande terão novas tarifas no transporte coletivo, majoração esta extensiva ao interestadual. Para Cuiabá, o reajuste foi fixado em R$ 2,50, enquanto que Várzea Grande fechou em R$ 2,40.  O anúncio aconteceu ontem (09-11), às 17h30m, em reunião aberta à imprensa, no gabinete do prefeito Chico Galindo, com as presenças de representantes das áreas de transporte dos dois municípios, além da presidente da Ager/MT, Márcia Vandoni.

O prefeito informou que este reajuste ficou ainda abaixo das estimativas técnicas, e foi retardado de julho a novembro. "Os custos operacionais das empresas aumentaram, sem dúvida. A comissão de Transporte calculou em R$ 2,57 em julho, mas fechamos em R$ 2,50, agora em novembro. Se não existisse passelivre, esta tarifa seria de R$ 2,15". O prefeito ponderou que as empresas sinalizaram inclusive com paralisação, por conta de encargos diversos, pagamento da folha salarial e manutenção da frota, em sua maioria modernizada.

Galindo reconheceu ainda que Cuiabá enfrenta problemas no tocante à qualidade dos serviços de transporte  prestados à população, mas acredita que a solução disso implica em mais algum tempo, conforme deseja a Prefeitura. "O sistema, como um todo, pode melhorar, sim, e muito. É previsível que os próximos três anos registrem mudanças radicais, em benefício geral dos usuários do transporte coletivo".

De acordo com o secretário municipal Edivá Alves (SMTU), no dia 16 de julho, o Conselho Municipal de Transportes, por solicitação dos operadores, calculou com base na planilha do Ministério dos Transportes, uma nova tarifa para Cuiabá. "Na oportunidade, chegou-se a um valor de R$ 2,50 reais. Mas competia ao prefeito estabelecer uma nova tarifa. De 16 de julho até hoje, Chico Galindo segurou esse reajuste". explicou.

A cidade de Cuiabá, também observou Edivá Alves, registra determinadas características físicas que impulsionam esta tarifa. "A gratuidade é muito alta. Temos hoje cerca de 60 mil estudantes cadastrados, mais policiais, deficientes físicos, idosos, etc. Cerca de 70 mil pessoas com gratuidade, e que rodam em torno de 80%, diariamente. Por outro lado, existe essa característica do trânsito cuiabano, que represa muito o transporte. Com a frota em vigor, tivemos, nos últimos anos, redução expressiva no número de passageiros de mais ou menos 5%/ano, impulsionada por fatores diversos. Então, com menos passageiros, ônibus rodando mais e muita gratuidade, chegamos a uma tarifa de custo realmente considerada elevada".