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20 de Março de 2012 08h00

Comitê irá elaborar projeto de coleta de lixo seletiva em Cuiabá

Carol Sanford-Secom Cuiabá-3645-6054

Representantes da prefeitura de Cuiabá, Banco do Brasil e cooperativas de catadores de lixo reciclado montaram, na segunda-feira (19-03), comitê para a elaboração de um plano de coleta seletiva. A parceria entre as três instituições servirá para que a prefeitura possa captar recursos junto a agentes financeiros públicos e privados e, com isso, promover uma maior valorização e qualificação dos catadores.

O comitê será composto entre 15 a 20 pessoas, sendo quatro indicadas pelo banco, cinco representantes das cooperativas de catadores, e entre cinco e sete representantes da prefeitura. A elas, caberá discutir o melhor projeto de logística e qualificação dos trabalhadores do setor.

O projeto, que se chama “Projeto de apoio a implantação de coleta seletiva em cidades de médio e pequeno, porte” é destinado a apenas cinco cidades que serão sedes da Copa do Mundo de 2014.

“Cuiabá foi uma das escolhidas para que o Banco do Brasil pudesse atuar como consultor na elaboração desse projeto. Para isso montamos uma agenda de trabalho que vai até o mês de maio ,para que possamos entregar o diagnóstico da situação das cooperativas de catadores seletivos. Depois disso, fica a cargo da prefeitura verificar as instituições financeiras, provavelmente o BNDES, que irão destinar os recursos para a efetivação do projeto”, explicou o coordenador e representante do Banco do Brasil, Dione Manetti.

Para a elaboração do projeto, serão trazidos técnicos e pessoas com experiência na implantação de programas de coleta seletiva, para que elas possam contar sobre seus aprendizados na área.

Segundo a primeira-dama da capital, Norma Sueli Galindo, a ideia é dar oportunidade para que os catadores tenham melhores condições de trabalho, já que a maior parte ainda não possui estrutura adequada, nem estão organizados para isso. “O maior problema que a comissão vai enfrentar é que são poucos catadores e mesmo assim estão totalmente sem diretrizes”, comentou ela.

Ela ainda fez questão de ressaltar que por falta de estrutura, todo o lixo reciclado é vendido a preços muito baixos para outros Estados, e o que não é vendido acaba sendo enterrado. “Daí a importância desse projeto, que estamos trabalhando há mais de um ano. Ele vai proporcionar organização e qualificação para esses trabalhadores e, consequentemente, uma grande valorização, pois o que der certo em Cuiabá poderá ser utilizado no interior”, disse a primeira-dama.

Para a representante dos catadores, Ana Domingas, presidente da Acamarc, a prefeitura foi no foco do problema, que é a vida do catador, não somente a questão estrutural. “Além da necessidade da industrialização para que o material seja vendido no Estado, com valor agregado, o projeto pode agrupar mais catadores, o que vai fortalecer todo o nosso trabalho”, comentou.