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Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência /

26 de Março de 2012 09h54

Casa de Apoio de Cuiabá ajuda a transformar vida de abrigados

Patrícia Neves-Assessoria SMASDH-3645-6810/3645-68

Somente no mês de março, a Casa de Apoio Missão Atalaia de Jesus “Programa Abordagem Solidária” viabilizou emprego a seis dos abrigados. Na sexta-feira (23-03) eles deram início a atividades junto à Secretaria de Infraestrutura de Cuiabá. A Casa é uma das três unidades de abrigo, para a população em situação de rua, mantidas pela Prefeitura de Cuiabá por meio da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH).

Renato de Mello Sales, 52 anos, é um dos beneficiados com um novo emprego. Ele conta que saiu de Recife (PE), em busca de um ‘chance na vida’. “Fiquei menos de um mês parado, tem menos de um mês que estou em Mato Grosso e já estou trabalhando’,comemora. O gerente da unidade, Amaury de Mattos, conta que outros quatro abrigados fizeram cursos de elétrica e hidráulica por meio de parceria com o Senai neste ano e já estão trabalhando. “Já saíram de lá empregados. Estão na obra do estádio da Copa”, comemora Amaury.

Amaury cita que a casa, hoje, atende a 37 pessoas. “Por meio da abordagem, realizamos a busca ativa nas ruas. Aqueles que desejam são encaminhados para Missão e recebem apoio nutricional e psicossocial. Muitas dessas pessoas chegam sem documento algum". 

Levantamento realizado pela administração dos abrigos aponta que cerca de 60% das pessoas atendidas pela unidade são oriundas de outros Estados. “Infelizmente grande percentual delas possui problemas com a drogas ou bebidas. Nós realizamos o encaminhamento, também, para unidades de saúde da rede”, explica Amaury.

Exames

Na sexta-feira a tarde, uma equipe composta por oito profissionais (técnicas em enfermagem e estudantes) - que atuam no Centro de Saúde Ana Poupina -  realizou atendimentos aos abrigados. Foram ofertados serviços como aferição de pressão arterial e coleta da amostra para o diagnóstico da tuberculose.

Todo o trabalho desenvolvido nas casas de abrigo a população em situação de rua é organizado pela Coordenadoria de Proteção Social Especial. “Nossa coordenação trabalha quando já houve a violação dos direitos. Nós viabilizamos a emissão de documentos, atendimento de saúde, além de toda prestação do serviço psicossocial”, explica Edilson Proença, coordenador de Proteção Social Especial.  Só ano passado, as unidades (Albergue Manoel Miraglia, Centro de Triagem e Acolhimento ‘Abordagem Solidária’ e Missão Atalaia de Jesus) realizaram média mensal de atendimento superior a 11 mil.