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Brincar é um dos maiores divertimentos da criança. É com base nesta verdade que a Brinquedoteca do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HSPMC) é destaque na recuperação das crianças que estão internadas na ala Pediátrica da Unidade de Saúde, uma sala ampla que oferece variedades de brinquedos e atividades pedagógicas.

De acordo com a monitora da ala, a pedagoga Rosangela de Souza, este processo de incentivo é muito importante na recuperação da criança, porque trabalha com estímulos. “A busca pela motivação do paciente é essencial para a cura”, afirmou.

Rosângela Souza afirmou que as crianças que iniciam o tratamento, chegam a permanecer em uma média/mínima de sete dias internadas. Das quatro crianças que freqüentam a Brinquedoteca, pelo menos duas que recebem o reforço positivo obtêm melhoras e recebem alta, antes mesmo do período esperado.

O secretário adjunto de assistência da SMS e presidente da Sociedade Mato-grossense de Pediatria (Somape), Euze Carvalho, acredita que este tipo de tratamento é referência e um dos mais modernos tratamentos no tipo de reabilitação precoce. “Os hospitais estão se preocupando com a parte emocional e psicológica e não apenas com a parte clínica. É um tratamento que dá resultado em hospitais de grande porte. É uma tentativa a mais para amenizarmos o sofrimento dos pacientes da ala infantil que encontram-se internados”, ressaltou.

A brinquedoteca existe há quase oito anos no Pronto Socorro e atende cerca de quinze crianças diariamente, com uma estrutura confortável e grande ventilação. A parte pedagógica é composta por quebra-cabeças, bolas, casinhas gigantes, música e filmes, entre outros brinquedos. A dona de casa Elizabete Flores, que internou seu filho na ala pediátrica da unidade de saúde, explicou que depois de receber os primeiros atendimentos e ser medicado, o paciente já é encaminhado para a brincadeira. “Isso acaba sendo uma distração e nos faz acreditar na melhora”, argumentou a mãe.

A sala de brinquedos é considerada um refúgio para as famílias que esperam e que acompanham a criança. Algumas mães voltam à infância e interagem com seus filhos. “É muito bom saber que o ambiente não parece ser o de um hospital, e sim a nossa casa”, destacou Flores.

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